quinta-feira, outubro 27, 2005

ESBÓRNIA NO BECO

Alcatéia Maldita no Beco da Lama
Cidadãos da Esbórnia invade centro da cidade

Karl Leite
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Poeta Bob Motta ... Cantor e compositor Carlos Bem
Eduardo Alexandre
Raul leva esbórnia ao Beco


Dando seqüência ao Pratodomundo – II Festival Gastronômico do Beco da Lama, Raul e Banda Alcatéia Maldita apresentam o show Cidadãos da Esbórnia, fechando a programação cultural do dia do evento, que conta ainda com show de Carlos Bem, apresentação do coral Harmus e poesia popular, com Bob Motta. A programação cultural se inicia às 14:00 horas, em palco montado na rua Vigário Bartolomeu, ao lado do Camelódromo da Cidade Alta.
Com a desistência de um dos bares concorrentes, o Bar de Zé Reeira, agora são 10 os estabelecimentos que concorrem ao Pratodomundo: Bar de Seu Pedrinho, Bar de Nazaré, Bardalos, Bar de Aluísio, Bar da Amizade, Bar da Meladinha, Bar do Chico, Bar de Odete, Bar de Francinete e Bar de Mãinha. Eles estão concorrendo a prêmios de R$ 600, R$ 400 e R$ 300 reais, para os três primeiros colocados, escolhidos por dois júris distintos: um popular e outro de especialistas em gastronomia.
O Festival será encerrado na tarde do sábado 5 de novembro, quando serão conhecidos os vencedores e entregues os Pratos do Mundo aos participantes, trabalho encomendado ao artista plástico William Galvão. Serão entregues os Pratos do Mundo ainda aos homenageados da Samba: poeta Civone Medeiros, produtora Ceiça de Lima, artista plástico Pedro Pereira e empresário gráfico Ivan Júnior, da Offset Gráfica.
Depois de visitar o evento na tarde do último sábado, o secretário de Turismo do município, Fernando Bezerril, garantiu parceria à Samba – Sociedade dos Amigos do Beco da Lama e Adjacências -, promotora do Pratodomundo, junto à Agência Cultural Sebrae e FJA, para a realização do I Reveiom do Beco.




quarta-feira, outubro 26, 2005

O SEGUNDO ADJUNTO


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Léo chegou em casa como de costume: embriagado. Disse a amada que não iria, mas terminou indo ao Bar de Nazaré para uma prosa com Seu Milton
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Seu Milton
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e uns poucos tragos de Montila com coca-cola.
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- Tenho que aproveitar esse Pratodomundo para consolidar minha candidatura à sucessão de Dunga. Vou ter que dar o golpe em Alex. Mas como?
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Léo e Alex
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Poucas horas antes, havia jurado fidelidade à chapa Sempre Samba e confirmara sua presença na reunião de sexta no Bardalos, quando as primeiras estratégias de luta seriam traçadas.
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A condição de secretário não lhe agradava. Deixara isso explícito logo que Alex se ausentou do etílico referencial ponto de boemia da Cel. Cascudo, centro de Natal, e ficara a divagar frases acometidas de coma alcoólica aos que ficaram, notadamente o adjunto da chapa, lambe-lambe Hugo Macedo e; outros de só menos importância, como o jornalista Luciano de Almeida, pintor Franklin Serrão e o atual executivo, Eduardo Alexandre.
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Hugo Macedo
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- Posso contar com Chagas e Orf, mas Dunga não vai proclamar voto para a minha chapa nem vai fazer campanha. É um fela ingrato. Depois de tanto que eu o ajudei...
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Precisava montar a chapa. Conseqüentemente, de nomes. Precisava de referenciais becodalamenses.
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Havia de procurar secretário, tesoureiro e diretor cultural melhores que os postos pelas duas chapas já lançadas. E o seu adjunto deveria ser alguém de muito prestígio ou poder de atuação para somar realizações e convencimento aos eleitores.
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Dorian Lima
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- Dorian, candidato a diretor cultural da chapa de Bira, é um tira-voto. Melhor não dizer nada e deixar ele lá, Bira cantando e seduzindo os corações, e ele, Dorian, a tarde toda em Nazaré, a desacatar o primeiro que ouse sentar em suas adjacências. Venâncio, o homem da cultura da chapa de Alex, a minha atual chapa, é, pelo menos, mais discreto que Dorian: bebe menos. Mas também quando bebe... Mas quem não bebe?
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O dilema era demais. Caiu no sono e amanheceu com a pinimba na cabeça.
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- E se eu convido Plínio para a minha direção cultural?
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Franklin Serrão
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Nem se perguntou e lembrou a marchinha silviosanteana entoada por Serrão sempre que Plínio chega esbaforido, 20:30h, em Nazaré, de bicicleta, para dois dedos de ‘prosa passando’:
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- Plínio Sanderson vem aí! Param, pam, pam, pam, pam! Plínio Sanderson vem aí!
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E desistiu de fazer a Plínio o convite para a sua assessoria cultural.
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- Quem sabe Dickson Meméia? Zé Dias? Marcelo Veni? Lula Belmont? São quatro produtores culturais de peso...
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E veio a grande idéia:
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- Faço ver que o Estatuto da Samba está precisando de umas revisões e incluímos mais diretores culturais na gestão, mais secretários, mais tesoureiros, mais adjuntos, que é isso que está faltando à Samba, e aí eu ganho a parada com Bira e Alex de adjuntos.
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Foi para a Câmara caminhando e, no caminho, veio a lembrança e a musiquinha de Serrão:
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- Plínio Sanderson vem aí! Param, pam, pam, pam, pam!
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Plínio Sanderson
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Encabulado consigo, mudou o pensamento para outras composições:
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- Na secretaria, posso ter Barbinha, da chapa de Bira e... E... E... Quem da chapa de Alex, se era eu o candidato e não sou mais, sou o presidente do Beco? Tenho que encontrar outro secretário...
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E continuou matutando quem convidaria para a Tesouraria.
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- Chagas? Orf? Karl? Cid Augusto? Quatro tesoureiros está bom? Não seria melhor Chagas como terceiro adjunto? E não tem mulher nessa chapa? E a Racha Samba, o que vai dizer? Doutora Meire vai me cair de pau! E as outras minorias? Os comunistas do Beco, o que dirão?
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E desatou a pensar. Pensou, pensou, mudou de caminho, tomou o rumo do centro da cidade e foi, sem tomar nenhuma, direto ao banheiro do Bar de Nazaré, onde pensou no início do discurso de mais tarde.
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Chagas, Bira, Dunga, Alex e Léo
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- Aqui, na solidão e na inviolabilidade do banheiro de Nazaré, construo obras primas que chegam ao mundo... Aqui, projeto-me froidianamente em devaneios tritentaculares que despertam assuntos e desejos nos quatro cantos do Alembeco de Lula Augusto... Por que, pai, devo ser amaldiçoado por desejos de poderes vãos como os da Samba?
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E saiu assoviando:
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- Param, pam, pam, pam, pam. Param, pam, pam, pam, pam!
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Edgar Allan Pôla


VILLA SE FOI

Teatro potiguar perde Chico Villa

Paulo Oliveira
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Diário de Natal
26/10/2005

O teatro potiguar perde a irreverência e a transgressão de Francisco Evilailson Souza, o Chico Villa, que sempre rompeu limites em busca de novas experiências cênicas. Vítima de um aneurisma cerebral hemorrágico, ele morreu por volta das 9h de ontem no Hospital Tarcísio Maia, em Mossoró, onde estava internado há sete dias. A morte cerebral do ator e produtor foi confirmada instantes depois que passou mal e desmaiou no colo da mãe. A família ainda aguardava a recuperação, apesar dos médicos afirmarem que seria muito difícil. O corpo está sendo velado na capela Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e o enterro será às 9h de hoje no novo cemitério da referida cidade.

Considerado uma das maiores expressões potiguares das artes cênicas, ele morreu no mesmo dia da semana, e no mesmo horário, no qual foi acometido pelo aneurisma na terça-feira da semana passada. Nascido em Rafael Fernandes, Alto Oeste potiguar, Chico Villa, 44 anos, era um dos artistas mais importantes e influentes do Rio Grande do Norte. Começou sua formação de ator, em 1970, no circo e nas apresentações de mamulengos nos terreiros das casas, mercados e feiras do sertão. Na década de 80 fez parte, ao lado de pessoas como João Marcelino, Marcus Bulhões, Costa Filho, Dimas Carlos e Carlos Nereu, de grupos de teatro como Esquina Colorida e Estabanada Companhia de Teatro. Grupos que se tornaram conhecidos pela inovação e pela vanguarda que até hoje inspiram atores que já atuavam naquela época, além daqueles que estão iniciando a trajetória.

‘‘Quando conheci o trabalho de Chico ele fazia parte do grupo Esquina Colorida, foi um dos seus primeiros trabalhos como ator. Depois veio o grande sucesso Quem beliscou Paulinho?. Era a história de um vampiro no divã, cheia de humor e de questões políticas do país na época. Era uma colagem de textos feita por Marcus Bulhões e por Chico que vivia a psicanalista. A peça tinha um grande time, além deles dois João Marcelino fazia uma governanta, Bulhões o próprio Paulinho, Carlos Nereu fazia direção, a música era de Danilo Guanais e a luz de Castelo Casado’’, relata diretor teatral Sávio Araújo.

Para Sávio, ‘‘Chico sempre foi muito inquieto, sempre estava em busca de um novo desafio. Era uma pessoa irreverente mas conseqüente, transgressor mas responsável. Não se conformava com os limites, buscava o novo, novas experiências. Tudo de uma forma muito saudável. Também tinha um movimento de cena muito interessante, muito particular. Eram ações que fugiam do cotidiano’’, complementa Sávio.

Chico também desenvolveu um trabalho na Companhia de Teatro de Repertório do Sesi e criou vários outros grupos teatrais, além de participar do elenco da TV Universitária. O artista partiu para o Sudeste, Rio de Janeiro e São Paulo, onde aperfeiçoou a dramaturgia junto a nomes como Eugênio Barba, Gerald Thomas, Antônio Abujamra e Denilto Gomes. Chico Villa recebeu muitos prêmios e participou de vários festivais sendo considerado o melhor ator.

Atualmente ele morava em São Paulo, mas estava em Mossoró desenvolvendo o espetáculo Benedito. Ele ficaria no estado durante alguns meses, período no qual o amigo Marcus Bulhões está na Espanha fazendo mestrado. Em seu retorno, os dois iriam se encontram em São Paulo para juntos desenvolveram um projeto na USP.



Morre o irrequieto Chico Villa

TN
TN
Tribuna do Norte
26/10/05


Tádzio França - Repórter

Cessaram ontem pela manhã as funções vitais do ator e produtor potiguar Chico Villa, 44 anos, que estava internado há uma semana no Hospital Tarcísio Maia, Mossoró, em decorrência de um súbito aneurisma cerebral que o acometeu terça-feira passada, na casa dos pais. Após a morte cerebral já declarada pelos médicos na semana passada, os familiares estavam aguardando o falecimento do coração e da respiração.

A morte de Chico Villa gerou comoção entre colegas e amigos da área cultural potiguar. “Era um homem totalmente do teatro, ainda jovem, com muitos projetos na cabeça. Fico mais triste ao pensar em tudo que ele ainda poderia fazer”, disse Ivonete Albano, diretora do Teatro Sandoval Wanderley.

O jornalista Woden Madruga acha que o potencial de Chico não foi de todo explorado. “Poderia ter sido um ator de alcance nacional, caso a mídia tivesse sido mais justa com ele. Perdemos um excelente ator e uma grande figura”, disse o colunista da TRIBUNA DO NORTE.

O diretor de teatro João Marcelino, contemporâneo de Chico, via o amigo como um professor. “Aprendi muito com ele. Começamos juntos no grupo ‘Esquina Colorida’, nos anos 80. Em ‘Quem beliscou Paulinho?’ eu sempre observava a interpretação dele, e aprendia algo mais. Chico foi um dos grandes artistas de sua geração, e um dos pilares do movimento que revolucionou o teatro potiguar nas duas últimas décadas. É um pedaço da nossa história recente que se vai”.

“Chico construiu um trabalho de personalidade própria, de espirito transgressor, como todo bom teatro deveria ter. Ele tinha um brilho dionisíaco em sua volta, sempre muito agitado, disposto a transgredir. Chico tinha muita vivacidade, sempre foi um ‘tumulto’ ambulante, desde os 20 anos em que o conheci. Sem dúvida, o Estado perdeu um grande artista que dedicou a vida inteira ao teatro”, afirmou Clotilde Tavares, atriz e escritora.

O diretor Costa Filho, que também esteve na fase oitentista do teatro natalenese, destaca o espírito irrequieto do artista. “Chico era irreverente, irrequieto, desafiador, gostava de questionar as coisas através de temas políticos e sociais. Nesse sentido, ele foi vanguardista para a sua época”.

O produtor e antropólogo Josenilton Tavares lembrou a importância de Chico como aglutinador cultural: “Chico era uma pessoa ativa, que levantava a bandeira do teatro de qualidade. Sem sombra de dúvidas, um expoente do teatro potiguar. Mas a vida segue seu rumo, e fica a referência”.

Chico Villa nasceu em Rafael Fernandes, região do alto oeste do Estado. Iniciou a sua formação de ator nos dramas de circo e nas apresentações dos mamulengueiros nos terreiros das casas, mercados e feiras do sertão potiguar no início da década de 70. Mas foi nos anos 80 que Chico marcou época: o grupo de teatro Esquina Colorida foi considerado ousado, inovador e vanguardista no início daquela década.

O artista também passou a desenvolver seu trabalho na companhia do teatro de repertório do Sesi, em Natal, criou vários outros grupos no Estado e participou do elenco da televisão universitária local. “Migrou” para o Rio de Janeiro e depois para São Paulo.

Em texto enviado por email, o teatrólogo Marcos Bulhões escreveu : “Adeus, Chico Villa. Não deu tempo de realizar o Benedito, espetáculo que você estava ensaiando, tão empolgado, o projeto multimídia que o levou de volta a Mossoró, numa última tentativa de produção no Estado que primeiro te tratou como estrela e depois te colocou no limbo dos excêntricos. Ficamos com a tua imagem otimista, apesar de todas as barreiras, preconceitos e descasos. Ficamos com o teu exemplo de dedicação integral ao Teatro, coisa rara neste país de vaidades e simulacros. Salve o ator que colecionou prêmios em festivais nacionais, salve o precursor da cena pós-dramática no RN, o performer que nunca perdeu suas raízes no circo, o melhor Comediante desta terra, em seu sentido mais amplo, o rapsodo, que tem o que dizer ao mundo. Salve o grande amigo que nos inspira. Que seus esforços pela renovação cênica não caiam no esquecimento. Que viva Chico Villa, em nossa memória.”




terça-feira, outubro 25, 2005

REZAR OU ACABAR COM A CACHAÇA

Barbosa

Siquilhim bem que tenta, mas a cachaça é muita
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OU VOCÊS TÊM QUE REZAR
OU DAR FIM À AGUARDENTE...

1.
Nunca vi tanta alegria,
brincadeira e fuleragem,
birita nem sacanagem,
dessa turma em pleno dia.
Que beleza de orgia,
alegrando o sol poente.
Eu nunca vi tanta gente,
querendo a franga soltar,
OU VOCÊS TÊM QUE REZAR,
OU DAR FIM À AGUARDENTE...

2.
Tanto tempo não birito,
chega dei o gôto em seco.
Fiquei feliz lá no Beco,
transbordante de alegria.
Gente que eu nem conhecia,
me abraçava alegremente.
Padre Agustin, minha gente,
tá pra lhes aconselhar,
OU VOCÊS TÊM QUE REZAR,
OU DAR FIM À AGUARDENTE...

Bob Motta


Baco

Haroldo Maranhão

Sylvia

Bianor Paulino

Paulo Ricardo e Carlança

Itam Brasil

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Meméia à esquerda de Bomfim

Edmundo

Eulálio

Tadeu Néri


Vicente Januário

Limpeza do Beco está sendo feita também durante as festas


14 DE MAIO DE 2001

Tribuna do Norte

PROPOSTA - Antiga sede da TV U é um dos pontos que a Samba gostaria de transformar em espaço cultural

Tribuna do Norte
14/05/01

Eliade Pimentel - Repórter

O tradicional Beco da Lama (rua José Ivo), na Cidade Alta, estará em festa amanhã, a partir das 18h. O compositor Jards Macalé será homenageado por iniciativa da Sociedade dos Amigos do Beco da Lama e Adjacências (SAMBA), entidade criada para valorizar o bairro e resgatar o prestígio do centro da cidade. Haverá recitais de música, poesia e apresentação teatral com o grupo Alegria, Alegria.

Um dos motivos de o compositor Jards Macalé ser homenageado é sua preocupação com resgate e preservação de bens tradicionais. No Rio de Janeiro, ele integra a Sociedade dos Amigos da Rua da Carioca (SARCA), que surgiu para lutar para que o metrô não passasse pela rua.

Segundo informou o médico João Batista de Lima Filho, mais conhecido por Zizinho, presidente da Samba, a entidade natalense foi inspirada na similar carioca. "Apesar de não ter visibilidade na mídia, Jards Macalé é um dos maiores compositores da MPB. Por isso achamos justa essa homenagem", justifica.

A festa no Beco é a primeira de uma série. Os eventos culturais serão realizados com o intuito de incutir nas pessoas o sentimento de resgate da tradição. São muitas as idéias de projetos ainda incipientes, mas os sócios pretendem aos poucos incutir principalmente nos comerciantes do centro a necessidade de revitalização do bairro.

"Pretendemos desenvolver atividades sociais, com o pessoal que vive nas ruas, vamos lutar pela criação de espaços culturais, como a reabilitação do prédio da Antiga TV Universitária", diz Zizinho. Para viabilizar os projetos, a Samba planeja buscar apoio da iniciativa privada e do poder público.

Com relação ao Beco da Lama mesmo, lugar de tradição, onde tanta poesia já foi cantada por poetas boêmios, há controvérsias sobre o que poderá ser feito para valorizá-lo. Alguns sócios imaginam que a rua deverá ser fechada para carros, com a construção de um calçadão., ou que o calçamento deve ser preservado e o Beco receba iluminação especial. As fachadas deverão ser reformadas e aquelas que estão desfiguradas ganhariam feição melhorada.

Um dos membros da sociedade é o arquiteto Haroldo Maranhão, uma das maiores referências da cidade quando o assunto é a preservação dos sítios históricos. O pessoal do grupo Alegria, Alegria também é integrante da Samba.

"O nosso grupo tem uma ligação muito grande com o centro. Sempre instalamos nossa sede por aqui. Antes era na rua Paula Barros, e agora na Gonçalves Lêdo", diz Grimário. O centro da cidade representa para eles muito mais do que o primeiro bairro de Natal. Funciona muitas vezes como palco, uma vez que o grupo é de rua e prefere se apresentar na Cidade Alta, onde há maior fluxo de pessoas.

A concentração do evento será nas imediações do Bar do Nazi (esquina com a travessa Câmara Cascudo). Está confirmada a participação dos músicos Carlinhos Zens, Jorge Macedo, Duarte (saxofonista da Banda Gália), Jailton, Carlança, Carlinhos Bem e Moisés de Lima, todos freqüentadores do Beco e adjacências, reduto resistente da boêmia de Natal.

O grupo Alegria, Alegria encenará o espetáculo Cidade Alta: Onde Tudo Começou, que é uma composição de crônicas e poemas de escritores, jornalistas e portas potiguares enaltecendo o bairro. São vários autores, como Câmara Cascudo, Newton Navarro, Berilo Wanderley, Diógenes da Cunha Lima, entre outros. A idéia de fazer a peça surgiu por ocasião do aniversário de 400 anos da cidade, informa Grimário Farias, diretor do grupo.

Durante a encenação, haverá projeção de slides, com imagens antigas da Cidade Alta. "Como consideramos Natal uma cidade muito feminina, somente as mulheres do grupo estão no elenco. Os homens ficam na parte técnica", explica. A apresentação no Beco da Lama contempla o projeto do Alegria, Alegria, de apresentar o espetáculo em diversos lugares citados no texto, como o Largo da Conceição (Instituto Histórico e Geográfico do RN), Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, Palácio Potengi, Praça André de Albuquerque, etc.

Demora da revitalização desanima comerciantes

Da mesma forma como é importante reabilitar a Ribeira, para que volte a ser um bairro importante para a cidade, conforme já foi um dia, é urgente também voltar os olhos para a Cidade Alta. A Prefeitura, através da arquiteta Ana Míriam Machado (da Semurb) já sinalizou que está estudando a melhor forma de intervir no centro.

Porém, enquanto os projetos de revitalização não são postos em prática, muitas pessoas já desistiram de continuar no centro e outras pretendem seguir para outras regiões da cidade. O comerciante José Lauri de Medeiros, 73 anos, mais conhecido como "seu" Lalá, está pensando em fechar as portas da mercearia, instalada há 33 anos na rua Gonçalves Lêdo, por trás do cinema Nordeste.

O comércio dele é uma daquelas tradicionais mercearias, onde se encontra de tudo um pouco, que funcionam de domingo a domingo, incluindo feriados e dias santos. Em todo esse tempo, ele diz que só tirou férias por 15 dias, e que agora pretende fechar o negócio e viver de sua aposentadoria. "Vou tentar viver com R$ 300,00", afirma.

Ele cita que mercearia era um tipo de comércio considerado pronto-socorro (as pessoas recorrem quando precisam de algum item para a despensa) e que hoje em dia os supermercados todos abrem até tarde da noite e durante os finais de semana e feriados também. "Comércio depende de lucro, e quando não há, o melhor é fechar as portas".

Ele reclama da imensa quantidade de fachadas em inglês e diz que, quando circula pelo comércio, não consegue entender quase nada. "Ninguém preserva o que é nosso", lamenta.


FOTO DO ACORDÃO

Com esse gesto, foi selado o acordão na SAMBA

Exposição de Papel no Mural da Insinuante

Apoio de Amélia tem sido de grande importância para as realizações da SAMBA

Beco mais uma vez lotado de gente bonita e muitos sorrisos

Trupe do Rosa de Pedra com Geraldinho Carvalho

Gente

Aninha

Help's new love in beijo gringo

Ana



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Afonso Martins





Fábio Henrique

Eugênio 1/2 Kg


PRATODOMUNDO FOTOS

Karl Leite





PRATODOMUNDO FOTOS

Karl Leite





Poeta Volontê

Que amigo, heim, Baco?

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Marcos Sá

Gilson Nascimento

Sales


Hugo Macedo©

Beco da Lama, o maior do mundo, tão grande que parece mais uma rua... Tal qual muçulmano que visite Meca uma vez na vida, todo natalense deve ir ao Beco libertário, Beco pai das ruas do mundo todo.

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Praieira
(Serenata do Pescador)


veja a letra aqui

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A imagem de fundo é do artista plástico e poeta Eduardo Alexandre©

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mariza lourenço

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