sexta-feira, julho 29, 2005

MEMÓRIA

Marcus Ottoni
Partido do Povo Brasileiro

Pela Paz Universal
Pelo Partido da Paz Universal
Pelos Partidos dos Povos
Pelo desarmamento atômico
Pelo total desarmamento

Partido do Povo Brasileiro

Manifesto aberto à Nação

Que o governo do povo, pelo povo e para o povo
Viva e esteja sempre com o povo
Por uma democracia verdadeira
Por um Brasil feliz
Partido do Povo Brasileiro

Pela defesa da flora
Pela defesa da fauna
Pela defesa da vida
Partido do Povo Brasileiro

Pela união dos povos
Pela autodeterminação dos povos
Pela sua integridade
Partido do Povo Brasileiro

Pela defesa das nações indígenas
Pela defesa dos seus territórios
Pela defesa de sua cultura
Partido do Povo Brasileiro

Pela livre manifestação artística
Pela livre manifestação política
Pela livre manifestação de credo
Partido do Povo Brasileiro

Pelo respeito à constituição
Pelo respeito aos nossos governantes
Pela defesa das leis
Partido do Povo Brasileiro

Pela valorização do trabalho
Pela segurança no trabalho
Pela justa remuneração
Partido do Povo Brasileiro

Pela libertação do operário da exploração patronal
Pela livre organização sindical
Pela participação do trabalhador nos lucros da empresa
Partido do Povo Brasileiro

Pelo direito à educação
Pelo direito ao emprego
Pelo direito à Justiça
Partido do Povo Brasileiro

Pela dignidade humana
Pelo direito a uma existência digna
Pela defesa do homem
Partido do Povo Brasileiro

Pela terra dividida
Pelo teto
Pelo pão
Partido do Povo Brasileiro

Pela não intervenção das forças armadas no jogo político
Pela responsabilidade dos partidos no jogo político
Pelo livre traçar dos nossos destinos
Partido do Povo Brasileiro

Contra a dominação do capital estrangeiro
Pelo fortalecimento da empresa nacional
Pelo fortalecimento da indústria nacional
Partido do Povo Brasileiro

Pela livre iniciativa empresarial
Pela liberdade interna de mercado
Pela lei de remessa de lucros
Partido do Povo Brasileiro

Pela convocação da Assembléia Constituinte
Por eleições presidenciais diretas
Pela implantação da República Democrática
Partido do Povo Brasileiro

Pela coincidência de mandatos e eleições
Pelo voto distrital para deputados estaduais e vereadores
Pelo senador nacional
Partido do Povo Brasileiro

Pela livre candidatura
Pela livre formação partidária
Partido do Povo Brasileiro

Publicado em O Poti, de 20 de Janeiro de 1980, em Natal/RN




quinta-feira, julho 28, 2005

AO INVÉS DE DENÚNCIA, ALIANÇA

Marc Klein


Com a constatação de que os repasses de dinheiro para partidos e parlamentares através das contas do senhor Marcos Valério vem de antes de 2003, o que depreende-se é que a prática foi descoberta pelo governo Lula e que, ao invés de denunciar o “operador do mensalão e do caixa 2” e tornar público o fato, aliou-se a ele e passou a usar o esquema. Ou seja, descoberta a maracutaia e a dinheirama que gerava, manteve-se a maracutaia e o governo passou a beneficiar-se dela.
Isso explicaria a razão de o governo do PT ter sido tão brando com relação ao governo FHC, denunciado sistematicamente de envolvimento em corrupção por Lula quando candidato à presidência. O governo deixava ver que havia descoberto coisas escabrosas do anterior, mas mantinha-se altivo, dando a entender que não queria promover revanches e parecer perseguidor.
Assim, Lula navegou em mar de almirante com todos os seus antecessores, de Sarney ao próprio Fernando Henrique, enquanto a pátria-mãe, tão distraída, estava a ser subtraída em tenebrosas transações.
De Sarney, sabia-se, comprou, com concessões de canais de televisão, FMs e outros meios, mais um ano de mandato. FHC, supunha-se, comprara a preço de ouro a aprovação da lei que possibilitou sua reeleição. Com a descoberta do esquema Marcos Valério, isso vai evidenciando-se.
Sabe-se que a "caixinha” é prática na política brasileira. O próprio Lula admite e até dá entrevista banalizando-a, dizendo-a coisa normal, corriqueira. O que resta é perguntar: quantos Marcos Valérios ainda operam Brasil afora, dilapidando recursos que poderiam estar diminuindo filas de hospitais, educando crianças, saneando cidades, asfaltando estradas?
Pobre Brasil de descaminhos tão milionários!

Dunga




segunda-feira, julho 25, 2005

O MILAGRE DA TRANSPOSIÇÃO



Depois que Lula transpôs o curso do rio de lama de seu governo com destino ao PT, este, sob nova administração, dá o troco: assume responsabilidades e deixa o presidente da República e sua turma na canoa furada na qual embarcaram.

O partido dá sinais que governos são transitórios e que busca a longevidade ameaçada. E também que a nível de colegiado nunca esteve envolvido com o esquema de obtenção de recursos duvidosos para formar caixa 2 para campanhas ou pagamento de voto de parlamentares em questões de seu interesse.

Ou seja, devolve a Lula e seu governo a responsabilidade pelos atos dos senhores Delúbio Soares, Sílvio Pereira, José Genoíno, José Dirceu e demais membros do partido que estiveram envolvidos nos negócios escusos com Marcos Valério.

É o milagre da transposição e a tábua de salvação do partido: quem errou, haverá de pagar pelos seus erros, inclusive Lula, se os cometeu.

O mais importante, no momento, não é o governo que tem data para encerrar, mas salvar o maior patrimônio político construído pelo povo brasileiro em sua história republicana: o Partido dos Trabalhadores, este que há 25 anos se solidifica em bases populares e que não pode ser atirado ao lixo da história por razões circunstanciais, mesmo que estas tenham a envergadura da crise atual, que coloca sob suspeição seu criador e líder maior.

A direção do PT, com as últimas posições tomadas, deixa claro: pagará pelos erros aqueles que os cometeram, sejam Genóinos, Delúbios, Dirceus, Sílvios Pereira ou quem quer que seja, Lulas inclusos.

É assim, a prática da democracia.


Eduardo Alexandre




domingo, julho 24, 2005

QUEM TEM BOM NÃO GRITA




Bobagem. Melhor falar do que fazer. Pior, no entanto, é fazê-la falando. Assim como quem, na linha do “estou nem aí”, prefere atribuir a Deus as próprias culpas. Afinal, segundo discurso que Lula pronunciou em Recife, ''Deus não faz nada que não seja preciso''. Melhor dizendo, tudo que Deus faz é preciso.

Deus fez o mundo. Era preciso. A luz, o firmamento, a água. Era preciso. As plantas, os astros, os peixes e os animais. Era preciso. Deus fez o homem. Teria sido preciso? Ora, a luz ilumina; o firmamento sustenta os astros; a água forma mares e rios. As plantas dão sombra e frutos; os astros dão noite e dia; os animais e os peixes dão carne e sustento. A atividade que todos eles desenvolvem não causa precisão. Pelo contrário. O homem, no entanto, esse apenas reina e governa. E, além disso, precisa.

Precisa da luz, do firmamento, da água. Precisa dos astros, dos peixes e dos animais. Precisa até dele próprio. Quem duvidar, olhe em torno. Ouça em torno. O homem-delúbio se dizendo providência. E afirmando ter sido preciso tudo o que ele fez. Só que o que ele fez não foi preciso. Faltou precisão no que ele fez.

Ele foi impreciso, o homem-delúbio, quando tentou enganar o homem-jefferson. E pretendeu se tornar o lobo do lobo, esquecendo-se das experiências por este vividas na taberna política de sua propriedade, tal qual um Sparafucile, personagem verdiano cuja habilidade maior consiste em saber vender os atrativos de Madalena, sua irmã. Ele foi impreciso, o homem-delúbio, quando deixou o número de seu celular com a mulher-karina, que, por ser “carina”, ele julgava “mobile”. Móbile, que eu saiba, é aquela dona, irmã do Sparafucile, fazedora de salão em casas alegres. Por último, não por derradeiro, ele foi impreciso, o homem-delúbio, quando acreditou que todos os personagens de Verdi se chamam Rigoletto e são bobos na Corte.

Na Corte nem todos são bobos. Há muitos condes e condessas, muitas damas e pajens, muitas aias e lacaios. Isso é certo. Há também homens honestos e trabalhadores, mulheres que são e parecem ser sérias, mantovanos comuns, como convém a todo reino. E sobre as pontes do reino os mantovanos cantam e dançam. Sem precisão de convites e vestimentas a caráter. Diverte-se também o rei, que ninguém é de ferro.

A gente comum sabe que o caráter dos costumes endossados por um grupo de nobres formadores da Corte é impresso por uma estrelinha vermelha pendurada em golas e lapelas. Não pode, entretanto, afirmar com toda convicção tenha essa estrela-ornamento impresso caráter na alma de quem a usa. E um dos que usam a tal estrela é o próprio Rei (em versão teatral, com Victor Hugo), o Duque de Mântua (em versão operística, com Giuseppe Verdi).

Sobre tal figura, bom escutar a versão de seu criador. E ninguém traduza o termo criador pelo próprio personativo Duda Mendonça. Estou falando do sempre lembrado Verdi. Para ele “o Duque tem um caráter nulo e deve ser um libertino; não é, porém, repelente". A não ser que alguém o veja como um sapo barbudo.

Quanto ao seu caráter, de esquecê-lo por enquanto. Inesquecível, contudo, é o tema da libertinagem. Isto é, o tema da liberdade de costumes. Costumes políticos. Costumes administrativos. Costumes livres, como aqueles praticados nos lupanares.

Por lupanar cabe entender, na lição do poeta, “uma camada de dinheiro que cobre a Terra em fina camada que a idéia não vê e o homem não se importa”. Quer dizer, não se importa o homem-homem, porque o homem-valério se importa. E muito. Assim como o homem-delúbio e, por extensão, o homem-dirceu. Tantos homens, que chego a imaginar se muitos outros também não são “habitués” do “bas fond”. A começar pelo Duque, um Rei que se diverte?

Tipo divertido, o Rei fez um banquete. E no banquete, um novo discurso. O engraçado no novo discurso do Rei é uma espécie de aliteração que ele contém. Repetitivo, o Rei insiste em se indiciar o mais ético e o mais honesto dentre todos os mantovanos, sejam nobres, plebeus ou integrantes do clero. “Nesse país de 180 milhões de habitantes pode ter igual, mas não tem mulher nem homem que tenha coragem de me dar lição de ética, de moral e de honestidade", teria dito.

Mais uma tolice do Rei. Dita e feita. Coisa de Papangu, valendo-me do regionalismo. E olhe que estou me situando em um ponto de vista simplesmente mercadológico. Afinal, quando menino, freqüentador, pela mão do pai, de feiras livres, escutei uma verdade propagandística que tenho por imorredoura. Verdade comunicada sob a forma de pregão. Um feirante, desses encontráveis em qualquer reino, me ensinou antiga lição: quem tem bom não grita. E tão fundamente gravei essa verdade que hoje chego a temer pelo Rei. Se continuar assim apregoando seus dotes de caráter, vão pensar ser ele um bufão.


Taumaturgo Rocha


Hugo Macedo©

Beco da Lama, o maior do mundo, tão grande que parece mais uma rua... Tal qual muçulmano que visite Meca uma vez na vida, todo natalense deve ir ao Beco libertário, Beco pai das ruas do mundo todo.

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