sexta-feira, setembro 17, 2010

Teresa Maciel no
Câmara Cultural
Sábado, 18 set, 9:30h
Segunda-feira, 20 set, 12:30h




terça-feira, novembro 15, 2005

www.almadobeco2.blogspot.com

ESTE BLOG AGORA É SÓ MEMÓRIA E ESTA É A SUA ÚLTIMA POSTAGEM. QUEM O ACESSA, ESTÁ CONVIDADO PARA VISITAR O NOVO BLOG.
PARA ACESSAR O NOVO BLOG, VÁ PARA O
www.almadobeco2.blogspot.com

LÁ, À DIREITA DA TELA, VOCÊ ENCONTRARÁ UM LINK QUE O TRARÁ DE VOLTA A ESTA PÁGINA, PODENDO REALIZAR A PESQUISA QUE VOCÊ DESEJAR.
VISITE NOSSA NOVA PÁGINA, COM MESMA CARA, PORÉM MAIS LEVE.

Eduardo Alexandre
Editor




domingo, novembro 13, 2005

TRAVESSA DO TESOURO COM RUA DA PALHA

PREPARANDO O REVEILLON DO CENTRO HISTÓRICO

Marcus Ottoni


“Preocupado com as eleições de 2006, quando pela primeira vez entrará numa disputa sem o "monopólio da ética", o PT cobra de Lula maior frouxidão nos gastos públicos para realizar obras nos Estados e vitaminar projetos eleitorais de seus candidatos.”
KENNEDY ALENCAR
Colunista da Folha Online



Danielli Christinni


Karl Leite
Karl Leite

“As ruas e praças que protegiam o Grande Ponto tinham nomes líricos: Praça da Alegria, hoje Padre João Maria; Praça das Laranjeiras; Rua do Fogo, hoje Padre Pinto: Rua Nova, hoje Av. Rio Branco; Rua da Palha, hoje Vigário Bartolomeu. Mais parecia o Vaticano, com o devido respeito. Por pouco, o Grande Ponto não virou Praça São Pedro. Para isto, resistiu heroicamente. Rua da Estrela; travessa do Tesouro, que ligava a rua da Conceição à rua Nova. E, plagiando Bandeira, como eram lindos os nomes das ruas da minha infância...”

José Maria Guilherme




“Na Rua da Palha, atual Vigário Bartolomeu, existia o Cantão da Potiguarânia, nome de um bilhar de Ezequiel Wanderley. Era o Cantão mais descontraído da cidade, freqüentado na sua maioria por jovens, que trocavam idéias sobre arte, literatura, jornalismo, tudo, enfim, que no momento atraísse a atenção da cidade. Freqüentavam religiosamente este Cantão: Uldarico Cavalcante, Antônio Marinho, Gothardo Neto, Sebastião Fernandes, Ferreira Itajubá, Pedro Melo, Aurélio Pinheiro, Cícero Moura, Celestino e Segundo Wanderley, José Pinto, Francisco Palma, entre outros.”

João Gothardo Emerenciano


Prosa do Beco
Aroldo Martins

"Natal é um vale branco entre coqueiros
Logo que desce a luz das alvoradas
Vai Barra afora as velas das jangadas
Cessam no rio as trovas dos barqueiros"

Ferreira Itajubá

O poeta nasceu no Beco, ruela por detrás da Vila Odila, vizinha da Vila Cremilde. Água de beber a um pulo da Cruz da Bica, dois pinotes do Tissuru, tudo tão de perto, fácil alcance. Dealbar dos dias de ontem, pisara a lama primeva, atravessando a Praça da Alegria e indo para a Rua Grande em busca do lirismo dos quintais pobres.
Beco da Tatajuba, Beco do Engole, Beco do Buscapé, Beco da Lama. O resto é o mundo ingrato, sáfaro, hostil, mundão de ruas esquisitas, de perigosas avenidas. O rei dos becos é o Beco da Lama, centro nervoso e geográfico desde o começo das primeiras habitações.
Depois do Beco, a pequena Igreja Matriz derreada ante a mágica visão do Potengi com suas catraias e seus barcos de mastros gurupés. A colina é a cidade e seus limites não vão além da Igreja do Rosário, cujo baldrame repousa nos ossos dos pretos escravos; e a Igreja do Galo, sentinela muda a resguardar apenas o sossego das moitas.
No Cantão das Gameleiras, os barnabés conversam os últimos assuntos do Império de Dom João. Será depois a Praça da Alegria, a dez passos do Beco, atual Praça Padre João Maria.
A sagrada jumenta do padre fez xixi no Beco da Lama, batismo muar abençoado saecula saeculorum. Pixinguinha pisou no Beco seresteiro e este ficou melódico, chorão, cada vez mais carinhoso.
No Royal Cinema, fins do Beco, a sessão só começa quando DonAna Cascudo chega.
Tal qual muçulmano que visite Meca uma vez na vida, todo natalense deve ir ao Beco libertário, Beco pai das ruas do mundo todo.
No Beco da Quarentena não tem lama, mas no Beco da Lama ninguém fica quarenta dias sem vê-lo, atravessá-lo, atraído por sua estreiteza, espremido que é entre calçadas e platimbandas.
Becodalamenses: para todos, a Jitanjáfora favorita do Príncipe do Tirol: Larin! Toré! Babá!


Canção para o Bar de Nazi
Newton Navarro

O balcão ancestral
Portal corroído
Laje assimétrica
A parede sem cal
Panarias aranhas
- Fio medieval.

Fissuras do tempo
Na pintura mural
Geométricas formas
Duma mão fantasmal:
Riscado noturno
A carvão sideral
Caju e "batidas"
Talhadas macias.
Volutas de frutos
A vida em fatias.

Natal, 1970


À sombra de frondosas árvores, os Cantões
Antônio Fagundes


Dani: - Deixô mandar um beijinho pra turma do Beco, Paparazzi!


Os costumes de uma época enraízam-se de tal modo no espírito humano que se tornam uma característica.
Somente a evolução através do tempo poderá tornar-se agente transformador, substituindo os antigos por novos hábitos, na sociedade.

Em sua residência, o Vigário Bartolomeu costumava receber os amigos, à tardinha, na calçada, à sombra da própria casa, segundo hábito daqueles tempos em Natal, cidade provinciana. Ali, eram dispostas cadeiras constituindo as tradicionais “rodas” para as “prosas”, hoje denominadas “bate-papos”, as quais se prolongavam até certas horas da noite.
Essas “prosas” eram comuns nas calçadas das principais residências da cidade, ou à sombra de frondosas árvores existentes nas praças, destacando-se a do “Cantão da Matriz”, sob majestosa gameleira da Praça da Alegria, hoje padre João Maria, próxima à Matriz, e a da “Botica”, situada à rua do Comércio, hoje rua Chile, formada na farmácia do Dr. José Gervásio de Amorim Garcia, político em evidência naqueles tempos. Eram elas os pontos de reunião dos principais da terra, onde se tratava de assuntos de interesse político-sociais.
No “Cantão”, reuniam-se os que obedeciam à chefia política do padre João Manoel de Carvalho, sendo freqüentadores assíduos, além de outros, o comendador Joaquim Guilherme de Souza Caldas e o coronel Felinto Elísio de Oliveira Azevedo. O da “Botica” era chefiado pelo Dr. Tarquínio Bráulio de Souza Amaranto. Nele, encontravam-se os Garcia – José Gervásio de Amorim Garcia, proprietário da farmácia e parentes, inclusive Francisco Amintas da Costa Barros.
Nessas “rodas”. passavam-se em revista os acontecimentos da cidade e do país, sociais e políticos, quando não constituíam mero passatempo entre amigos, no relato de anedotas, na decifração de charadas ou tornando-se oportunas para as partidas do jogo de gamão ou de dama.
Os casos políticos eram nelas ventilados, analisados, discutidos e consertados os planos, enquanto (...) surgiam os planos para os conluios político-partidários. Dir-se-ia que elas bem sintetizavam a vida social da cidade. (...)

In O Vigário Bartolomeu (Traços Biográficos). Natal, 1976


O carnaval na Rua da Palha
Umberto Peregrino

Quando comecei a me entender de gente, o carnaval de Natal era na rua da Palha (hoje Vigário Bartolomeu), no trecho compreendido entre a rua Ulisses Caldas e a praça do padre João Maria. Instruirei os que não conheceram Natal desse tempo. Era um trecho de uns 300 metros, em moderado declive, as casas todas residenciais, distendidas inteiriçamente no alinhamento da rua.
As janelas numerosas, à razão de cinco ou mais por casa, eram observatórios privilegiados e ficavam sempre repletas. À calçada, punham-se cadeiras que dilatavam a área de conforto dos moradores da rua da Palha...
E, assim, brincava-se uma brincadeira quase inocente, que consistia em circular rua acima, rua abaixo, distribuindo confetes e seringadas de lança-perfume. Quase todos procuravam acertar o jato de lança-perfume na vista uns dos outros, pelo que as crianças se apresentavam em geral protegidas com uns óculos tipo aviador.
Havia abundância de mascarados com a preocupação do engraçado. Podia ser que nem sempre despertassem o nosso riso abundante, mas bem que mereciam uma comovida admiração esses bravos foliões. Como deviam padecer sob as cômicas caracterizações que escolhiam: às vezes, conduziam objetos mortalmente incômodos; outras vezes, afivelavam máscaras martirizadoras como enormes cabeças de bichos; por vezes, ainda, enfiavam roupas antigas, pesadas e sujas, sob as quais suavam em profusão. E havia, também, os que adotavam disfarces raciais e, então, se tisnavam densamente.
Sinceros e resolutos foliões! Para eles, o carnaval era uma breve oportunidade em que podiam dar vazão a sua sopitada vocação crítica.
O que havia, porém, de mais expressivo no carnaval de Natal ao meu tempo de menino, era o misterioso “Zé Pereira”. Misterioso, sim, porque provinha de um clube de rapazes da sociedade, os quais saiam à rua uma única vez por ano, no sábado de carnaval, à meia-noite. Partiam do Natal Clube e percorriam toda a cidade num bonde especial, que, àquela época, os automóveis eram raros e precários.
Lá em casa, os meninos eram postos a dormir na hora do costume, às 7 horas, mas, em verdade, ficávamos numa vigilante excitação íntima. Até meia-noite, todavia, o sono já nos havia vencido, de sorte que quando estalavam os clarins do “ Zé Pereira” e o bonde se movimentava na nossa rua, bem perto do Natal Clube, éramos levados à janela tontos de sono, olhos pesados, mente turva.
O “Zé Pereira” passava rapidamente, era uma imagem breve e confusa. O que se prolongava era o ressoar da sua música; era, sobretudo, o bombo predominante. E durante os três dias, todos entoavam os versos do “Zé Pereira”:

“Viva o Zé Pereira,
Que hoje à rua sai.
Quem não come, cheira;
Quem não tomba, cai:
Zimbararal! Zimbararal!
Viva o carnaval!

In Crônica de uma cidade chamada Natal. Editora Clima. Natal/RN, 1989.



EVOCAÇÃO DA CIDADE DO NATAL
José Bezerra Gomes


Beco da Lama, o maior
do mundo,
tão grande que parece mais uma
rua...


Cidade do já teve, de boêmios
seresteiros,
que não alcançei...
Lourival Açucena (Lorênio),
o poeta Ferreira Itajubá,
regressando, de manhã, cedinho,
das últimas noitadas,
cheias de serenatas,
lapinhas e pastoris,
vestido de fraque, segundo dizem,
com uma enfieira de caranguejo
dependurada no dedo da mão,
ali na antiga feira da Tatajubeira...
Onde estão os teus vendedores de
vendagens?
-rolete de cana...
-tapioca de côco...
-cuscuz de milho...
-bolo de pé de moleque...
E os teus turcos prestamistas?
que se foram das Rocas e do
Alecrim,
com os seus baús de miudeza,
para a Rua das Lojas
da Ribeira, Cidade Alta...
Cadê o teu Porto do Padre?
de-frente do Paço da Pátria,
com os teus canoeiros,
com os teus boteiros,
com as tuas negras louceiras
lá de Barreiros...
-urinóis...
-xícaras...
-mealheiros...
tudo era feito de barro...
Em todas as bodegas,
para todos os paladares,
bastavam dois vinténs de
meladinha,
com parede de camarão...
Nos domingos, dias santos,
apanhava-se caju, madurinho,
no tempo das matas ensombradas
das Quintas e do Goitizeiro
com muita fartura de
-cajá...
-mangaba...
-pitomba...
Do Canto do Mangue,
das salsas águas do Potengi amado,
abriam velas os teus Jangadeiros,
para, lá fora da costa, em alto mar,
ferrarem os peixes de linha:
-xaréu...
-cioba...
-cavala...
E os teus becos, Natal, tão teus?
-O Beco da Tatajuba,
ali pertinho do velho Cais da
Praticagem,
ali pertinho do velho cais Tavares de
Lyra
(com um ipsilon)
lembrando velhos embarcadiços,
um dia ancorados no teu porto...
-O Beco do Engole, de nome tão
gozado,
sem falar no Beco da Lama, o maior
do mundo,
tão grande que parece mais uma
rua...
Natal, cidade do já teve,
te-queremos assim mesma,
com um palácio que já foi
presidencial,
onde passou a funcionar o Wander
Bar,
em plena Rua do Comércio...
Natal, te-queremos com todos os
teus recantos:
a Areia Preta, o Areal, a Limpa.
com a Fortaleza dos Três Reis
Magos...
Lagoa Seca,
a Bica da Telha, a Baixa da Coruja...
O Carrasco,
o Cemitério Novo,
transformado, até bem pouco
tempo,
num grande campo de futebol...



NEM BEM NEM MAL-ME-QUERES

Danichristinni
- Esses candidatos de chapas idiotas não vão dar nem para a entrada contra a minha chapa Movimento Anarquista Nada. Coisa mais troncha essa estória "quem é do bem"! E professor Bira é do Mal?





sábado, novembro 12, 2005

NASI COM ABECH

Danielli Christinni


Apelido é assim: se chamar e o cara queimar ruim, começa a circular, circular, circular.
Chamaram-no de Letícia, sei lá porque, talvez pelo diadema que prende seus cabelos, e ele nem ligou. Depois, veio novo apelido, posto que dono de bar nunca se livra das pilhérias dos bêbados que vai deixando pelas mesas cheias de garrafas vazias: Siquilhim. Ou seria o efervescente e vitamínico C Ceklim?
O fato é que, dizem, uma turma andou por Caicó e lá deparou-se com personagem folclórica da cidade e alguém percebeu semelhança fisionômica.
E não deu outra: de Letícia a Siquilhim foi um pulo.
No Festival Gastronômico do Beco, o Pratodomundo, anunciados quatro pratos finalistas, o melhor percurso para a Comissão Julgadora era iniciar a degustação final pelo Bar de Nazaré.
O ponto etílico da Cel. Cascudo fervilhava, como, aliás, todo o Beco da Lama e suas adjacências.
A comissão entra e ninguém do bar acena com um Boa Tarde ou coisa que o valha, Nazaré enfurnada na cozinha, sem nada perceber.
- Siquilhim, a Comissão Julgadora está aí para o deguste final...
- E eu com isso? Ela que espere, porque estou ocupado, atendendo outros fregueses.
- Siquilhim, é a Comissão julgadora do Pratodomundo, homem de deus! Arrume aí uma mesa para o pessoal.
- Para mim, são todos iguais...
É claro que o quesito atendimento conta pontos para julgamentos dessa natureza.
Passada a festa, primeiros colocados ficando para Mãinha, Seu Pedrinho e Nazaré, esta inconformada com o terceiro lugar, Dunga chega ao bar e proclama:
- Por mim, o terceiro lugar ficaria com Lula Belmond, do Bardallos; o quarto com Dona Francinete e só o quinto lugar eu daria ao Bar de Nazaré... O atendimento aqui não tem sido dos melhores, com esse menino dando coices em todo mundo: bruto como Nasi e extemporâneo em suas respostas descabidas como Pedro Abech. Uma mula a distribuir impropérios a todo mundo, julgando-se o gênio da humanidade, como Franklin Serrão.
Da mistura, saiu novo apelido: Nabech. Combinação de Nasi com Abech.
E, esquecido de Letícia, Siquilhim agora queimou ruim.
- Nabech, me traga uma outra dose!
- Nabech o quê, filho da puta! Vamos acabar logo com isso, enquanto não dou um bofete num!
- Nabech, sai aí um carneirinho tipo à la Salão (Sales Felipe): magro, só no osso...
Enquanto o silêncio da Hora do Ângelus é interrompido pelo espocar dos rojões em comemoração ao início da festa de Nossa Senhora da Apresentação, nossa padroeira de Natal, Nazaré vem do balcão à rua, onde está nossa mesa, e inicia intimidativo carão:
- Lá em casa, nunca permiti que se apelidassem as pessoas. Isso é falta de respeito, falta de educação. Paulo Eduardo mesmo, quando era menino, não gostava quando o chamavam de “Circular”. Foi difícil convencê-lo de que essa coisa de apelido é apenas brincadeira. Brincadeira, mas que irrita as pessoas, não sendo, portanto, coisa para gente civilizada.
E voltou para a cozinha de cara amarrada, mais amarrada do que a de Nabech, o enredeiro, enquanto o apelido começava a circular, circular, circular...


Image Hosted by ImageShack.us
Alex Lemos


POEMAS DE MÁRIO HENRIQUE

Marcus Ottoni


Em entrevista à revista Época desta semana, o ex-superintendente do Banco Rural, Carlos Godinho, disse que os empréstimos de R$ 55 milhões da instituição para o PT foram feitos para não serem pagos. Segundo ele, os supostos empréstimos só teriam sido firmados para mascarar a entrada de dinheiro que viria de outras fontes.
Globo Online/CBN



Danielli Christinni

Bar de Nazaré, 5.11.05, IV etapa do II Pratodomundo

FREUDAM-SE

MEU EGO ESTÁ EGOÍSTA
DE TANTO SER ALTRUÍSTA
MEU EGO PERDEU-SE DE VISTA
PRECISO ENCONTRAR
O EGO CENTRO DE MIM?
É, EU NÃO NEGO
LEGO MEU EGO
ATÉ O FIM

Mário Henrique



ASSIM NÃO

SIM EU NÃO SEI DIZER NÃO
NÃO EU SÓ SEI DIZER SIM
SIM NÃO ME DIGA NÃO
NÃO NÃO ME DIGA ASSIM
QUE EU SOU UM SIM E UM NÃO
EU SÓ NÃO SEI DIZER SIM E NÃO
SIM EU PRECISO DIZER TALVEZ
NÃO TALVEZ NÃO SEJA ASSIM
EU SÓ QUERO PREFERIR
SER UM NÃO OU UM SIM

Mário Henrique



IN VOCÊ
IN MIM
IN NÓS
EXISTE UM IN CONTRO
QUE IN SISTE ACONTECER
NOS INS TANTES + OUTs

Mário Henrique



TODOS OS DIAS MORRO
EU MORRO ACIMA
EU MORRO ABAIXO
MORRRENDO ASSIM
SEPULTO A SINA
DE TER FIM...

Mário Henrique



PARALELA

DESAFIANDO A GEOMETRIA
QUEM SABE A GENTE
SE ENCONTRA AO FINAL DO DIA

Mário Henrique



QUEM COMPUTA SE ENVOLVE
COM VÍRUS SERÁ FERIDO...

Mário Henrique



FRITOS, COZIDOS, MEXIDOS OU HAMLETS

AS APARÊNCIAS EXCLAMAM
TER OU NÃO SER
EIS A EQUAÇÃO
HOJE SHAKESPEARE
SERIA FACÇÃO...

AS EXPERIÊNCIAS ENGANAM
SER OU NÃO TER
EIS A FRAÇÃO
ONTEM SHAKESPEARE
ERA DEUS E EXCOMUNHÃO...

AS EXISTÊNCIAS EMANAM
SER E NÃO SER
SERÁ A QUESTÃO
AMANHÃ SHAKESPEARE
VIVERÁ OU NÃO...

CARNE E ALMA
O OVO E A GALINHA
DIGA-ME SHAKE
EU TENHO OU TINHA?

NUNCA SEI SE HEI DE SER
OU PARECER SER ALGUÉM
SOU SÓ PALAVRA FERINDO
UM HOMEM SEVERINO
PORQUE HÁ MORTE E VIDA ALÉM
PORQUE A MORTE E A VIDA
SE VÊ INDO
SE VÊ IND
SE VÊ IN
SE VÊ I
SE VÊ...

Mário Henrique Araújo




sexta-feira, novembro 11, 2005

REGOZIGEM-SE!



ll DO ll

DIA DO CORNO


BUCHADA VENCE FESTIVAL

Karl Leite


Beco da Lama:
Buchada da Mãinha vence festival

Tribuna do Norte
Fim de Semana
11/11/05

O II Festival Gastronômico do Beco da Lama terminou no fim de semana passado com a missão cumprida: chamou atenção sobre o velho logradouro da Cidade Alta, e evidenciou a culinária dos botecos nordestinos. O prato vencedor não poderia ser melhor exemplo disso: a buchada sertaneja do Bar da Mãinha ganhou com louvor o “Prato do Mundo” 2005, seguida pelo baião-de-dois com sardinha ao molho de tomate do Bar do Seu Pedrinho (segundo lugar), e pelo carneiro com macaxeira do Bar do Nazaré (terceiro).

A “Mãinha”, Francisca Patrícia do Nascimento na carteira de identidade, não vê dificuldades na hora de fazer sua buchada. “É um prato do sertão. Vejo minha mãe fazendo ele desde pequena, foi com ela que aprendi”, conta a cozinheira, que nasceu em Natal, mas viveu boa parte da vida pelo interior, de Macau à Mangabeira. Para a buchada vencedora, Mãinha conta que não existiu nenhum segredo especial: temperou com alho, pimenta, cebola e cheiro-verde; pegou o picadinho interno do cordeiro (tripas, coração, etc.), costurou (com linha) e levou à panela. Simples assim, e agradou em cheio.

A buchada sertaneja não é um prato do dia a dia no Bar da Mãinha, portanto, ela recomenda ir apreciá-lo aos fins de semana. De fato, voltar para trabalhar após fartar-se com uma buchada não é muito prudente. Já com cinco anos desse ponto no Beco da Lama, a cozinheira não vê dificuldade em trabalhar com a ‘pesada’ buchada. Para ela, o único problema é o consumo da iguaria sertaneja: Mãinha não gosta de buchada. Segundo Eduardo Alexandre, diretor da Sociedade dos Amigos do Beco da Lama, o resultado do festival foi ótimo. “Ficamos surpresos. Veio mais gente do que esperávamos, e boa parte nem era de freqüentadores do beco. Prova que a Cidade Alta ainda tem seus atrativos”, afirma.





terça-feira, novembro 08, 2005

CACHAÇA

Karl Leite

Secretário de Turismo Fernando Bezerril
degusta a Maria Boa no Pratodomundo

FOTOS DO PRATODOMUNDO NO
http://groups.yahoo.com/group/becodalama/


NOSSA MAIOR ALEGRIA

Karl Leite

Pedro Pereira:

- É o Beco!




domingo, novembro 06, 2005

OS NOSSOS AGRADECIMENTOS

Antonius Manso

Eduardo Alexandre, diretor executivo da Sociedade dos Amigos do Beco da Lama e Adjacências

Em nome da Sociedade dos Amigos do Beco da Lama e Adjacências, aproveito o espaço deste Alma do Beco para agradecer a presença de todos e todas que prestigiaram o Pratodomundo - II Festival Gastronômico do Beco da Lama e também a todos e todas que tornaram possível a sua realização, em especial, a Eduardo Viana, da Agência Cultural do Sebrae, Amélia Freire, da Fundação José Augusto, Fernando Bezerril, da Sectur, Dácio Galvão, Capitania das Artes; pessoal da Sensur, Semurb e Urbana; a todos os músicos que animaram o evento; aos que participaram das Comissões Julgadoras; os que trabalharam nas peças gráficas; pessoal de som, palco e documentação; bem como todos os proprietários dos estabelecimentos que acreditaram e se dedicaram para o sucesso do mesmo e; a decisiva contribuição da mídia espontânea - jornalistas de rádios, TVs e jornais.
A todos e todas, os agradecimentos da SAMBA e a certeza de que juntos estaremos novamente no IV Carnabeco, a realizar-se no 3 de dezembro; e em nosso maior desafio do ano, que será a realização do I Reveiom do Beco da Lama e Adjacências.
A todos e todas, mais uma vez, os nossos muitos obrigados.

Eduardo Alexandre

Karl Leite

Mãinha e Nélio (Bar de Seu Pedrinho), respectivamente com a Buchada Sertaneja e o Baião-de-dois com Sardinha ao Molho de Tomate, ganharam o primeiro e o segundo prêmios do Pratodomundo 2005.


UMA PITADA DE SAUDADE

Marcus Ottoni


"Faz cinco meses que as CPIs estão funcionando, vão continuar funcionando da forma mais democrática possível e o resultado vai ser bom para o povo brasileiro."
Luiz Inácio Lula da Silva

Karl Leite

A buchada sertaneja, do Bar de Mãinha, foi a vencedora do Pratodomundo. O prefeito Carlos Eduardo provou e aprovou a culinária do Beco da Lama.

Meu querido Dunga,

Hoje acordei com uma dor de cotovelo danada.
Como não queria passar o dia pensando no Prato do Mundo, resolvi passear no China Town, ouvindo só chinês. Era chinês para todos os lados, não entendia nada que eles diziam, nem eles entendiam nada que nós perguntávamos. Parecia um país dentro de outro país: impressionante! Eles se agrupam e se multiplicam e aqui vivem sem precisar nem saber falar inglês. Nunca sabemos se eles estão alegres ou tristes, mas adoro passear pelo China Town. É tudo muito colorido. As lojas/mercados/bodegas têm de tudo que você possa imaginar. Eles gritam, fazem caretas e, depois de passear, passear, olhar, olhar e comprar um buda para me dar sorte, um vestido chinês pra Juliana e um saco de seeweed (aquele sargaço verde para fazer sushi), entrei num restaurante e pedi o cardápio. Tudo em Mandarim. Então, apontei para um dos pratos e aí veio, fumegante, uma sopa verde, cheia de uns pasteizinhos molinhos e brancos, recheados de camarão. E ali imaginei estar comendo um Prato do Mundo, acompanhado de uma Azuma Kirim, mas quase morro de rir quando Juliana disse:

- Mãe, prefiro uma buchada de bode!

Beijos, aguardando as fotos.



Dália

P.S.: Ao cruzarmos uma das ruas do China Town, de repente escutamos uma banda tocando. Olhei de longe e deu pra ver os músicos. Aí imaginei: lá vem os Muitos Carnavais (com o Príncipe Charles e Camilla), mas depois olhei novamente e era um enterro que passava. Quis ficar mais, escutando a banda que se aproximava, porém Juliana me puxou e disse ansiosa:

- Mãe, vamos procurar minha roupa chinesa!

O sol estava lindo. Quando pegamos um táxi pra voltar pro estacionamento, o motorista olha pra gente e pergunta:

- Vocês são brasileiras?

Karl Leite

Mãinha recebe do prefeito o seu Pratodomundo e o prêmio de R$ 600,00.
O Bar de Seu Pedrinho ficou em segundo lugar e o Bar de Nazaré em terceiro.





quarta-feira, novembro 02, 2005

BECO DA LAMA

"Yo escribo, precisamente, para distraerme del amor ."
Jorge Luis Borges


Neste sábado, final do Pratodomundo, com Romildo Soares no show "Na rota de Amsterdã" e Banda Rosa de Pedra.
Mais todas as iguarias do cardápio becodalamense e os "Muitos Carnavais" nas adjacências, levando milhares de pessoas ao velho centro de Natal.
Imperdível!



Bom demais ouvir isso. “Último Dia”. Sim, claro, Levino fez lá, em e para Recife, mas, e o kiko? Importa é que Zé Meneses e Duda (esse é o cara!) inventaram de eternizar essa coisa que não deixa ninguém parado (du-vi-de-o-dó), e tome sopros e metais e caixas e pratos e taróis. E tudo aqui, não lá (é lá, vá lá. Mas é aqui). Porque aqui é que eu vejo o Beco. E se eu vejo o Beco, completa é minha vida. Pan-pan-pan-paaaan. Com vocês, Leões Potiguares. E lá se me vou eu — parece até que me antevejo: Nazaré, Vigário, São Tomé, Juvino Barreto, Pç. Augusto Severo, Duque de Caxias, em pleno Pratodomundo e Muitos Carnavais, tudo junto, “o mundo todo!”: Ribeira! — e eu ali, marcando o passo singrando o espaço com o braço, ali, perto do 1º surdo — Camilo, tio de RN — milhões de frevos à mente: Valores do Passado (Último Dia), Evocação nº 1 (Último Dia), Madeira que Cupim Não Rói (Último Dia!), Terceiro Dia (não! Último Dia!!). Coisa muito boa. Tadinhos de nós, “papas”, indo buscar o longe axé, quando o frevo de perto, de perto nos espreita e assalta e toma. Eu quero é que hoje seja um sempre. Quero a minha boca para sempre em tua boca. Quero o meu Beco para sempre Beco.

AC, no passo.



Hugo Macedo

O Beco da Lama II, de Amir Massud

Hugo Macedo

Raul da Alcatéia


FOTOS DO PRATODOMUNDO 3

Fotos Hugo Macedo
Eduardo Viana, grande força para a realização da festa


Marcelus Bob

Alcatéia Maldita

Alunas do Curso de Turismo no Pratodomundo


Fotos Pratodomundo 3

Fotos Hugo Macedo

Amir Massud e professor Hélio


Assis Marinho e Plínio Sanderson


Carlos Bem


Fotos Pratodomundo 3

Fotos Hugo Macedo

Ceiça, diretora adjunta da SAMBA, e Léo


Luciano, Sylvia, Dunga, Jorge Macedo


Fotos Pratodomundo 3

Fotos Hugo Macedo

Seu Milton


Tiago Vicente


Plínio Sanderson


FOTOS PRATODOMUNDO3

Hugo Macedo

Harrison Gurgel

Hugo Macedo

Júlio Pimenta e Ana

Karl Leite
Image Hosted by ImageShack.us
Franklin Serrão

Hugo Macedo
Image Hosted by ImageShack.us
Dunga


FOTOS PRATODOMUNDO 3

Fotos Hugo Macedo

Iracema


Cabrito, em primeiro plano


Krhistal e Fernandão


FOTOS PRATODOMUNDO 3

Fotos Hugo Macedo

Meninas de Fernandão

Image Hosted by ImageShack.us
Dorian Lima

Image Hosted by ImageShack.us
Terezinha de Jesus e Falves


Hugo Macedo©

Beco da Lama, o maior do mundo, tão grande que parece mais uma rua... Tal qual muçulmano que visite Meca uma vez na vida, todo natalense deve ir ao Beco libertário, Beco pai das ruas do mundo todo.

.. .. ..

Contatos Imediatos

.. .. ..

Recentes


.. .. ..

Praieira
(Serenata do Pescador)


veja a letra aqui

.. .. ..

A imagem de fundo é do artista plástico e poeta Eduardo Alexandre©

layout by
mariza lourenço

.. .. ..

Powered by Blogger

eXTReMe Tracker