segunda-feira, abril 25, 2005

25 de abril de 1974



A noite que há tanto se estendia, súbito, à beira Tejo, se foi dissipando. Há tanto emudecidas, as gentes se surpreendiam cantando. Primeiro manso, e então, a plenos pulmões. E da terra e das mãos de cada um, brotaram os cravos. Rubros cravos. Em toda a parte, floriu a terra morta. Em toda a parte, fez-se nova e eterna a primavera. E a Liberdade abriu seus braços sobre a terra, sobre o Tejo. E, por toda a Terra, fez ouvir a sua voz. E de longe, sobre o mar, nos acenava nos dizendo: é possível. E de longe, sobre o mar, todos nós, também cantávamos, também sorríamos. E sonhávamos com o dia em que os cravos — todos rubros— finalmente brotariam entre nós.


Márcia Maia

por Alma do Beco | 8:15 PM


Hugo Macedo©

Beco da Lama, o maior do mundo, tão grande que parece mais uma rua... Tal qual muçulmano que visite Meca uma vez na vida, todo natalense deve ir ao Beco libertário, Beco pai das ruas do mundo todo.

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Praieira
(Serenata do Pescador)


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A imagem de fundo é do artista plástico e poeta Eduardo Alexandre©

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