O papa Miguel 36 no Beco da Lama
O cardeal Joseph Mozzoró foi o eleito pelo conclave de Roma para suceder o polonês Karol Wojtyla, conhecido da galera como John Paul Second. Ontem à tarde, logo depois da fumaça branca sair pela chaminé da UFRN, estudantes e intelectuais natalenses se concentraram na capela sistina do Beco da Lama para ouvir o primeiro discurso do novo papa, que adotou o nome de Miguel 36.
Ex-arcebispo de Moscow e quase prefeito da Fúria Metropolitana de Natal – que rejeita outros bispos e caciques, Miguel 36 é membro da poderosa organização multi-religiosa Orkut Dei e é um ardoroso defensor da doutrina anarquista que aponta “fé demais” na política partidária do Rio Grande do Norte e da Itália.
Mozzoró Ratzinger foi um dos principais baluartes da campanha da fraternidade de 2004, quando jovens de Natal foram as ruas contra o uso das camisinhas de candidatos sem futuro e pregaram o fim da ordenação de políticos que não entendem o processo de decadência das igrejinhas partidárias de Roma, Natal e demais províncias proto-potiguares.
O novo papa, que sucede definitivamente o papa Vivaldo I, tem se revelado um verdadeiro pregador do diálogo entre os contrários. Miguel 36 desmistifica a relação com outras religiões e inclusive acredita que os kardecistas do governo Garibaldi precisam apascentar a alma dos fantasmas que não têm onde cair morto, por falta de função no atual governo de Wilma.
Diante do dilema espiritual-administrativo, o novo papa propõe a construção de uma ponte ligando Natal à Roma, permitindo assim que os fantasmas daqui possam conviver harmoniosamente com os fantasmas do Vaticano, inclusive com a perspectiva de faturarem um extra em funções especiais nas óperas italianas.
Considerado um religioso de linha dura, Joseph Mozzoró tem combatido a libertinagem turística em Ponta Negra e o fundamentalismo partidário. Em seu livro “O Sal da Terra do Sol”, ele propõe tratar tais temas com uma “mãozada” litúrgica.
De formação filosófica e teológica, o novo papa fala fluentemente dez línguas, destacando a língua do P, o idioma do MSN, o dialeto do Orkut e ainda as línguas da galera dos cursos de Direito, Jornalismo, Medicina, Arquitetura, Administração, Letras e História.
Miguel 36 e Laélio Ferreira, logo depois da
fumacinha branca na Capela Sistina do Beco da Lama
Miguel 36 pertence a uma das entidades mais secretas da história da igreja, citada até nos livros “O Código Da Vilma” e “Eram os Deuses Fantasmas de Garibaldi?”, conhecida nos becos e rodas de Natal como PTC – Pontificado de Tradições Cabalísticas. Trata-se de uma sigla que é utilizada em conclaves municipais e estaduais para exorcizar demônios e políticos que enganam os cristãos e os eleitores.
Ugo Vernomentti
O BECO NAS PÁGINAS
Cardeal Laélio sacramenta voto em Miguel
Mesagem chegada ao
becodalama@yahoogroups.com
Roberto Guedes, Jornal de Fato, domingo...
Sem citar a lista Beco da Lama, o jornalista Roberto Guedes parece que anda lendo suas mensagens. Seria ele um dos tantos virtuais?
Vou prestar mais atenção aos estilos...
Orf
Vendo e ouvindo
Má qualidade
A divulgação, através da internet, de uma poesia fescenina de autoria do pesquisador Laélio Ferreira ensejou esta semana, na mesma via, uma discussão entre ele e a escritora Clotilde Tavares. Enfatizando que “não sou puritana nem moralista, mas não suporto grosseria”, ela sentenciou que Laélio “deveria poupar-nos de versos como esses, que são machistas, preconceituosos e grosseiros e sequer parecem ter sido escritos por alguém que, quando quer, é um poeta sensível e inspirado”.
Repercussão
Bem, minha gente,
Não me incomoda a repercussão do que escrevo na lista, pois sei que esta é uma lista pública e quando escrevo aqui, para mim é mesmo que estar escrevendo num jornal.
Na Paraíba, eles reproduzem tudo que eu posto nas listas, já
estou acostumada.
Roberto Guedes, como bom jornalista, sentiu cheiro de polêmica e aproveitou a deixa. Mas o que eu tinha de dizer a Laélio já disse, e, para mim, o assunto está encerrado.
Beijos a todos
Clotilde Tavares
VENTANIA
O vento forte da primavera
sacode a areia da praia,
agita a cerveja no copo
balança a barraca do Zé.
O vento do amor maior
sacode a alegria do peito,
agita o sangue nas veias
balança meu ser por inteiro.
Chagas Lourenço