Coluna Portfolio - Alex Medeiros JORNAL DE HOJE 19/02/2005
Do clima de guerra à guerra do clima
Quem assistiu ao tenebroso e bem produzido cine-catástrofe "O Dia Depois de
Amanhã", não esquece as cenas em que o clima explode invertido em algumas
partes do mundo. Neve aonde é sempre quente, ondas de calor em lugares frios,
chuvas de gelo inesperadas e outros sinais que nos dão arrepio e um alento de
que aquilo tudo é apenas pura ficção cinematográfica.
Nos últimos meses tenho revisto algumas passagens do filme do diretor alemão
Roland Emmerich, sem no entanto colocar o DVD para rodar, apesar de ter uma
cópia no pequeno acervo do quarto. É que as cenas de ficção estão se
multiplicando na vida real em intervalos cada vez mais curtos, principalmente
depois da tragédia na Ásia, que provocou alterações climáticas incríveis em
outras partes do mundo, fruto - dizem alguns cientistas - do eixo da Terra que
desviou seis ou sete graus.
Não dá para não lembrar do filme quando vemos o chão dos secos e quentes
Emirados Árabes coberto de neve, ou quando assistimos a morte de centenas de
crianças por causa do frio terrível que se abate sobre o árido Afeganistão. São
cópias da obra cinematográfica as densas camadas de gelo que tomam cidades
européias e as intempéries que assolam os países americanos e asiáticos.
E o que diria o leitor se tudo isso fosse engendrado pela mão do homem? E se
toda essa loucura do clima no planeta fosse conseqüência de experiências
militares? Alguém acredita na tese de que os homens do Pentágono ou similares
estão experimentando uma nova arma sucessora das bombas atômicas e nucleares, a
"bomba climática"? Pois fiquem sabendo que há cientistas e ambientalistas
denunciando que o governo Bush dribla o Protocolo de Kioto quando não se debate
a manipulação deliberada do clima no mundo com fins militates.
A mídia americana se cala e por conseguinte o resto do mundo quanto a um dos
principais programas militares dos EUA, chamado "The High-Frequency Active
Auroral Research Program (Haarp), tocado pela Força Aérea e pela Marinha
americanas na região de Gokona, no Alaska. O programa existe desde 1992 e é
parte de uma nova geração de armas do departamento de Defesa Estratégia,
operado pela Air Force Research Laboratory´s Space Vehicles Directorate, que
consiste num conjunto de antenas com capacidade de criar modificações na
ionosfera, o nível superior da nossa atmosfera.
O Haarp é tão poderoso quanto à guerra bacteriológica, uma tecnologia de alto
nível para emissão de gases e ondas de rádio e magnéticas que elevam áreas da
ionosfera e pode alterar o clima em qualquer parte do planeta. Alguns jornais
do mundo, desde o Egito até o Chile, já chegaram a suspeitar que por trás do
gigantesco terremoto no oceano Índico que causou os tsunamis na Ásia tenha sido
um experimento da "guerra climática". O mundo estaria deixando para trás sua
velha história recheada de climas de guerra para iniciar a fase de guerras do
clima.
O projeto Haarp, segundo jornais e sites que não comungam com as agências
oficiais de notícias que abastecem a mídia do mundo, estaria em operação desde
o começo dos anos 90 e tem tecnologia patenteada pelo Advanced Power
Technologies Inc (Apti)., uma subsidiária da Atlantic Ritchfield Corporation
(Arco). A primeira fase do Haarp chamou-se Ionosfheric Research Instrument
(IRI) e foi finalizada pela Apti. O sistema IRI de antenas foi instalado em 92
por uma empresa pertencente à British Aerospace Systems (Baes). As antenas
irradiam o espaço usando transmissores e equipamentos de alta freqüência.
Em 8 de agosto de 2002, um documento do Parlamento Russo denunciou que os
militares americanos tinham a intenção de provar que o projeto Haarp
funcionava, experimentando o sistema no Alaska, Groelândia e parte da Noruega.
Diz o documento que a nova tecnologia "implica armas com capacidade para
destruir as comunicações de rádio, satélites, mísseis e provocar acidentes nas
redes de eletricidade, nas de transporte e distribuição de gás e petróleo e de
ter um impacto negativo na saúde mental das pessoas de regiões inteiras". O
site Sanatório da Imprensa publica a partir deste domingo matéria completa com
indicações de vários sites de instituições científicas e de imprensa que
esmiúçam o terror do projeto Haarp e a ameaça da guerra climática que parece
ter começado.
Hugo Macedo©
