sábado, fevereiro 19, 2005

Na feira do Alecrim



Na feira do Alecrim
O marchante grita: “Chã de dentro”
E eu lá por fora...
Na barraca de seu Malaquias
Tinha ratoeira, candeeiro, alpercata, fumo de rolo,
Querosene, peixeira miúda, retalho de fazenda...
Na calçada a lata de mel de engenho, a rapadura,
O alfenim, a cocada, o açúcar mascavo...
Na Avenida Dois
O siri, o caranguejo, a galinha caipira,
O porco, o carneiro capado...

Para a feira do Alecrim eu levava cinco cruzeiros
E comprava Raiva, Sequilhos, confeito barato,
E ainda sobrava troco para uma lata de umbu.
A cesta de palha da minha mãe vinha ‘cheinha’ de tudo:
Carne de sol, farinha, goma, alface, mocotó de boi, tripa...

Na feira todos se encontravam.
Era o professor de matemática, o carteiro,
O vigia do colégio, o colega de sala
E até a Madre Superiora...
Todos com sandália de dedo,
Todos eram iguais na feira do Alecrim...

José Correia Torres Neto

por Alma do Beco | 4:13 PM


Hugo Macedo©

Beco da Lama, o maior do mundo, tão grande que parece mais uma rua... Tal qual muçulmano que visite Meca uma vez na vida, todo natalense deve ir ao Beco libertário, Beco pai das ruas do mundo todo.

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Praieira
(Serenata do Pescador)


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A imagem de fundo é do artista plástico e poeta Eduardo Alexandre©

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