Plínio Sanderson
Entre a poezia presa em ofícios nos gabinetes:
Poemas comprimidos nas gargantas
Guelras da rua gueixa.
Celebrar a poezia em palcos ar-mados é falácia
Não dever de todo chão nosso de cada dia.
Poezia não castra nas praças,
Grávidas de greve e ócio
Vil poder vício das letras...
Aonde vais pátria mãe gentil?
Cruzélias zeros do meu Zênite.
Um take.
Um frame.
Um olhance de lince.
Córrego contrafluxo da luz em cena.
Jornalistas de talentos e palavras
Ao ociente / oridente do meio fio histórico.
Textos mis, non context...
Revés jornalecos de la merde,
linguounotícia fácil/mentem.
Serestes transparentes,
Plagiadores do Santo Senso Comum.
Murmulhada ignorância da gentil razão alheia.
Apressa o facto,
imprima os tentáculos do boato oficial.
Escarlentes do simlêncio...
Cadê os turistas predatórios da poezia?
Estarão conscritos nas páginas dos jornais
Becos de lama da província?
Até quando farofeiros e/ou forasteiros
da língua fátria
aportarão como deuses da linguagem?
Besta és tu
e viva o rabo dos poetas
Antenas da graça levitante.
Na tela
vazia
cela
selvagem
Velo my diablo
black and white
in tecnicollor.
Onde infinda as esquinas do poeta?
No anteparo do continente?
Na mira cadente do mar alfabetofício?
Marmota maré remota.
Verso istmo avesso.
jugo arder mudo da sêmia:
pimenta léxica.
De quem é a cara
na pessoa do poeta?
Todas as alter nativas era fruturo:
o próprio poeta!
Será que a bandeira o desfolha?
Ou desnuda teu corpo em corpo
Espírito de frágil pele táctil?
Entre
feto
e
afeto
o ar