Lívio Oliveira
(Para Antoniel Campos)
Outra esfera me colheu.
A senda buscada firmou-se
e as folhas ressecadas dançando no beco
foram recolhidas após a partida de todos.
Gatos perambulavam perto do osso,
perto do oco
que deixei à porta do bar.
Esperando a nota blue da madrugada,
homens jogados fora jogavam.
Recolher-me todo é plano
que não consigo empreender.
Restos meus, já espalhados,
não se juntam mais, só chacoalham,
misturas de tudo,
de tudo que sou, do nada,
inconstante,
inquieto
e incauto.
Volto logo, vou-me embora.
Vou e volto, saio e dentro.
Fico e nunca.
Fazer o quê desta máscara,
máscara que ecoa mais um grito?
Onde fica mesmo o fim do beco?
Que deusa louca me guiaria?
Que musa tosca me daria a mão e a luz?