segunda-feira, fevereiro 21, 2005

Barraco no Beco



E foi assim:
Poesia, pão, filosofia
Quando a política chegou
Viu-se um alarido.
Arranca-rabo dos infernos
Era um ‘Filho da Pauta’ pra cá,
Uma ‘Bisbilhoteira das Tecnologias’ pra lá,
Um contabilizando
Os cornos e os ex-cornos,
Outra dizendo ‘deixa disso’
E a confusão esquentando.
Vôou um tênis Nike (ainda por pagar)
Bem na minha testa.
(Ah! Se eu pego quem foi...)
E o sururu comeu no centro.
Esqueceu-se caranguejo, Militana, poesia,
Pão e até filosofia...
Nisso aparece o ‘desaparecido’
E mete no quengo de todos,
Ainda misturadas com cerveja,
Meia dúzia de palavras em poesia.
(Era o apaziguador do Beco)
- Foram-se os ânimos acalmando -
Na contagem das inimizades
Descobriu-se quem xingou quem
E, mesmo sem assumir,
Quem ‘namorou’ quem...
Isso foi na segunda bem cedo
Quase no fim da ressaca
Que, sem querer arengar,
Ouviu-se um re-marcar
De cervejada em Nazaré...

José Correia Torres Neto

por Alma do Beco | 2:13 PM


Hugo Macedo©

Beco da Lama, o maior do mundo, tão grande que parece mais uma rua... Tal qual muçulmano que visite Meca uma vez na vida, todo natalense deve ir ao Beco libertário, Beco pai das ruas do mundo todo.

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Praieira
(Serenata do Pescador)


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A imagem de fundo é do artista plástico e poeta Eduardo Alexandre©

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