E foi assim:
Poesia, pão, filosofia
Quando a política chegou
Viu-se um alarido.
Arranca-rabo dos infernos
Era um ‘Filho da Pauta’ pra cá,
Uma ‘Bisbilhoteira das Tecnologias’ pra lá,
Um contabilizando
Os cornos e os ex-cornos,
Outra dizendo ‘deixa disso’
E a confusão esquentando.
Vôou um tênis Nike (ainda por pagar)
Bem na minha testa.
(Ah! Se eu pego quem foi...)
E o sururu comeu no centro.
Esqueceu-se caranguejo, Militana, poesia,
Pão e até filosofia...
Nisso aparece o ‘desaparecido’
E mete no quengo de todos,
Ainda misturadas com cerveja,
Meia dúzia de palavras em poesia.
(Era o apaziguador do Beco)
- Foram-se os ânimos acalmando -
Na contagem das inimizades
Descobriu-se quem xingou quem
E, mesmo sem assumir,
Quem ‘namorou’ quem...
Isso foi na segunda bem cedo
Quase no fim da ressaca
Que, sem querer arengar,
Ouviu-se um re-marcar
De cervejada em Nazaré...
José Correia Torres Neto