“A eleição foi decidida pelos votos do PTB, PL e PP, que são os partidos do mensalão.” Deputado José Thomaz Nonô
PRATODOMUNDO
II FESTIVAL GASTRONÔMICO DO BECO DA LAMA E ADJACÊNCIAS
15, 22 e 29 de outubro
05 de novembro de 2005
Realização
SAMBA – Sociedade dos Amigos do Beco da Lama e Adjacências
Agência Cultural SEBRAE / SESI
Apoio:
Governo do Estado do Rio Grande do Norte
Prefeitura Municipal de Natal
Bares e Restaurantes inscritos
1. Bar de Seu Pedrinho
Rua Vigário Bartolomeu, 540
Prato: Baião de dois com sardinha ao molho de tomate
2. Bar de Chico
Rua Dr. José Ivo, 600
Prato: Galinha à cabidela
3. Bar de Mãinha
Rua Dr. José Ivo, 580 – A
Prato: Buchada sertaneja
4. Bardallo´s Comida e Arte
Rua Gonçalves Ledo, 671
Prato: Arrumadinho
5. Restaurante e Bar da Amizade
Rua Vaz Gondim, 681
Prato: Rabada cozida com pirão
6. Bar de Nazaré
Rua Cel. Cascudo, 130
Prato: Carneiro com macaxeira
7. Bar de Francinete
Rua Dr. José Ivo,
Prato: Peixe no coco com pirão
8. Bar de Aluízio
Rua Heitor Carrilho, 107 – A
Prato: Baião de dois
9. Cinderela Restaurante e Bar
Rua Voluntários da Pátria, 684
Prato: Galinha matriz (caipira)
10. Bar de Zé Reeira
Rua Heitor Carrilho, 80
Prato: Miúdo de galinha
11. Bar da Meladinha (Nasi)
Rua Cel. Cascudo, 156
Prato: Costela com pirão
12. Bar de Odete
Rua Dr. José Ivo, 598
Prato: Favada
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Digo não e digo sim
Digo não e por dentro digo sim,
tudo em mim é perfeita contramão.
Sou canção começando pelo fim,
estopim onde acendo a escuridão.
Guardião desse nada de onde eu vim,
folhetim não escrito pela mão,
sou clarão incontido no nanquim
e o latim exilado do sermão.
Sou senão em sinônimo de assim,
sou enfim o meu sim que me diz não.
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SER SEM SER
Ser sem ser é ser não sendo sim
e no não sendo sim parecer.
É sentir ser início — e ser fim,
é saber-se que é — mas não ser.
É ser sempre e em talvez se saber,
sem saber que se foi sempre assim.
Ser sem ser é dar sim e o não ter,
é dizer tudo em nós e ouvir mim.
Sou sem ser e apetece-me assim.
Tenho a mim se eu de mim não me ser
e, se início, prefiro-me fim.
Se não sou, basta a mim parecer,
sou metade do não e do sim
e ter tudo é ter isso: não ter.
Antoniel Campos
EU POETA POPULÁ
O poeta é um sê humano,
qui véve da natureza.
Se inspira in sua beleza,
e in tudo da criação.
Tombém véve da emoção,
do amô da sua musa,
qui nuis seus verso êle usa,
quage in fóima de canção.
No coração do poeta,
num tem lugá p'ro rancô.
Véve istufado de amô,
saluçante de emoção.
Qué vê dá o istopô,
de tudo êle fazê festa ?
É poesia "qui nem presta",
se êle fô do meu sertão.
Tudo é tema p'ruis verso,
do poeta sertanejo.
O toque do vialêjo,
uma fulô, uma simente,
um fole de oito baixo,
uma cabôca facêra,
o som d'uma cachuêra,
caindo d'uma vertente.
O cavalo véio sem dente,
o jumento garanhão,
a foguêra de São João,
ais prece prá São José.
O intôjo da muié,
se acabando de injôo,
ô uma trepada no vôo,
de um casá de guiné.
Capataiz garachué,
qui é o mermo puxa saco.
Café torrado no caco,
uma caçada no facho.
Uma coivara de espíin,
o cachorro dirnutrido,
o namôro improibido,
lá na bêra do riacho.
Chuva batendo na têia,
o pingo d'uma gotêra,
o carro qui vem da fêra,
a zuada do truvão.
O arrastá do pinico,
o quilaro do relampo,
jararáca e corre campo,
se arrastando puro chão.
Se eu fôsse aqui discrevê,
tudo qui inspira o poeta,
nunca aicansaria a meta,
eu tenho cunviquição.
Eu sô privilegiado,
lhes juros, leitores meus.
Nêsse mundão de Meu DEUS,
prá mim, tudo é inspiração.
Lhe amostrei aqui o qui sô;
êsse simples menestrel,
cuja vida é o cordel,
qui canta o amô e a paiz.
Adoro aquilo qui faço,
a DEUS agradeço e lôvo,
sô poeta do meu povo,
num quero sê nada a mais!...
Bob Motta