Clara claridade
claríssima
clarente.
Clara lente a perscrutar
os corpos brancos de inverno.
E as almas.
Claro vento
ventania
canta claro cata-vento
canta vento a despertar
frutos e cores
cheiros e flores
sabores.
Amores?
A gosto:
Agosto.
Márcia Maia
Nos agostos dos dias, noites de chumbo, a democracia era o sonho. Eleger nossos presidentes era um sonho. Sonhamos com uma Anistia e uma Constituinte. Plebiscitamos o presidencialismo.
Conquistamos a Independência, a libertação, a República. Conquistamos sonhos em curso. Cabe-nos enquanto povo brasileiro refletir sempre sobre os dias.
Pensar no Brasil para preservar o construído. Daí, a Ordem. A Lei. E buscar soluções. Para xeques e vivência. Pensar soluções futuras. Há um pouco tempo. Também o tempo todo.
Livre Formação Partidária, Livre Candidatura.
Se eleições são alvíssaras a novos tempos, tempos de rádio e TV iguais para candidatos iguais. Sem clipes. Só palavras e olhos na telinha. Coligação Zero. Cada partido defende sua identidade. Sem listas preordenadas. Sem cláusulas de barreira. Cotas de Fundo Partidário iguais para partidos iguais e candidatos iguais. Gastos de campanha limitados, dinheiro contabilizado. Voto facultativo. Governabilidade compartilhada. Fidelidade partidária.
E o curso dos sonhos construídos. Preservados. Levados adiante.
O Brasil sobrevive. Tem arte. Tem gente.
Nosso povo faz nossa luta. Nossa História.
Eduardo Alexandre