"É preciso assumir a responsabilidade de estabelecer a diferença entre a inconseqüência da bravata e o comportamento digno de um homem público."
Valdemar da Costa Neto, ex-deputado federal, presidente do Partido Liberal
Está no discurso de renúncia de Valdemar da Costa Neto, estampada em todos os jornais que circulam hoje no país, a confissão pública do uso de caixa 2 na campanha Lula/Alencar em 2002. Esse mesmo caixa 2 referido pelo presidente, na França, como prática corriqueira, banal, coisa comum da política brasileira.
São presidente e vice envolvidos nesta solerte armação que conspira contra a frágil democracia brasileira, buscada insistentemente pelo nosso povo desde antes da era republicana.
Para agravar mais ainda o quadro, o terceiro na ordem de sucessão presidencial, o Severino, presidente da Câmara, paira sobre fio de navalha. Seu partido, o PP, é acusado, junto a outros, de também receber suborno para votar matérias de interesse do governo.
Suborno, dito mensalão, que ameaça implodir governo e partidos, de sustentação e também de oposição, deixando o Brasil em perplexidade e já não seguro quanto ao seu amanhã político e institucional.
O homem, como bem o disse Hobbes, é lobo do próprio homem.
Eduardo Alexandre