quinta-feira, maio 26, 2005

A FESTA DO LIVRO


Holmes/Watson

A União - Cultura - quarta, 25 de maio


Se tem uma coisa no mundo que eu gosto é de livro, este objeto cheio de histórias, vidas, viagens, sonhos, segredos, memórias e confissões, que é a melhor companhia que alguém pode desejar. Jorge Luís Borges diz que de todos os instrumentos que o homem inventou o livro é, sem dúvida, o mais assombroso porque os demais são extensões do corpo, como o telescópio, que é extensão do olho; o telefone, extensão da voz, o arado e a espada, extensão do braço. Mas o livro, continua Borges, é uma extensão da memória e da imaginação. E graças ao livro, digo eu, a solidão, a tristeza e o tédio são banidos do nosso cotidiano.
O livro não vai desaparecer nunca. Mídias paralelas estão surgindo, como outros tipos de suporte para a palavra escrita: livros falados, ou telas roladas em um equipamento de leitura eletrônico. Mas o livro como o conhecemos hoje, com esse formato de folhas amontoadas presas por um de seus lados em uma lombada, e que nos acompanha desde o início do século XV, vai permanecer conosco ainda por muito tempo. Vai continuar sendo levado para dentro da rede armada no quintal, conduzido na bolsa para ser lido no ônibus, desfrutado ao ar livre numa praça tranqüila ou saboreado numa noite fria enquanto nos encolhemos no canto do sofá, com uma boa xícara de café ao lado.
E quando interrompemos a leitura para desfrutar desses instantes de encantamento absolutamente pessoais e solitários que o livro determina, enquanto a nossa mente vaga ou quando, estimulados pela leitura, desenterramos na nossa memória alguma emoção, lembrança ou sentimento já esquecido, podemos apertar o livro ao peito para que o nosso coração também sinta a proximidade desse objeto mágico e com isso acumule alento para bater ainda por muito tempo.
Se você gosta de livros como eu, venha visitar a Bienal Nacional do Livro de Natal, em sua terceira edição, que ocorre agora de 3 a 12 de junho próximo, na área de eventos do Shopping Midway Mall. Uma verdadeira festa do livro, com mil e cem metros quadrados de estandes onde quarenta expositores (livreiros, editores, instituições) vão mostrar cerca de 10.000 títulos. Acontecerão também cerca de cinqüenta palestras, oficinas, seminários e encontros literários com nomes como Fernando Morais, Autran Dourado, Carlos Heitor Cony, Afonso Romano de Sant’Anna, Zuenir Ventura, Silviano Santiago, Edson Nery da Fonseca, além dos escritores locais. A Paraíba vai estar representada por José Nêumanne Pinto e Aldo Lopes. Apareçam.

Clotilde Tavares

por Alma do Beco | 9:33 AM


Hugo Macedo©

Beco da Lama, o maior do mundo, tão grande que parece mais uma rua... Tal qual muçulmano que visite Meca uma vez na vida, todo natalense deve ir ao Beco libertário, Beco pai das ruas do mundo todo.

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A imagem de fundo é do artista plástico e poeta Eduardo Alexandre©

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