sexta-feira, fevereiro 25, 2005

Dorian Gray Caldas

Tribuna do Norte

Antônio Marques de Carvalho Jr.

Pintor, tapeceiro, escultor e poeta. Um misto de talento e disciplina, cultura e técnica, inteligência e sensibilidade. Em 1950, juntamente com Newton Navarro e Ivon Rodrigues, expôs no ‘‘Salão de Arte Moderna’’, instalado por eles em um antigo casarão ocupado pela Cruz Vermelha, nas proximidades do Grande Ponto.
O evento sacudiu o marasmo cultural da província, revolucionou a pintura de cavalete, motivou debates sobre as novas tendências artísticas, nacionais e internacionais e, finalmente, ficou como marco da penetração do movimento modernista no campo das Artes Plásticas no Rio Grande do Norte.
Além do espírito inovador, de vasta e sólida cultura que nos faz lembrar a encarnação dos ideais renascentistas, Dorian Gray também se destacou no desempenho de funções públicas de caráter cultural, como assessor da Secretaria de Educação e Cultura do Rio Grande do Norte (1967-68) e da Fundação José Augusto (1974); conselheiro e membro do Conselho Estadual de Cultura (1967-73); diretor do Teatro Alberto Maranhão (1967-68) e; da Escolinha de Arte Cândido Portinari (1967-68).
Dorian Gray sempre soube cultivar, simultaneamente, a gravura, a escultura, a tapeçaria, além do jornalismo, do ensaio e da poesia. Atualmente, sua obra artística (particularmente a tapeçaria e a pintura) encontra-se em acervos de instituições culturais e em coleções particulares no país e no exterior. O poeta Sanderson Negreiros assim o define: ‘‘Pintor de marinhas, é um dos que melhor neste País souberam ver, transfigurar, rever e modificar o grande mar - nordestino e do mundo’’.
Newton Navarro reforça o depoimento de Sanderson, quando em uma de suas crônicas escritas em homenagem a Dorian Gray, afirma: ‘‘Quantas vezes, diante do mar, o seu pincel descobre matizes que facilmente outro pintor não descobriria! Pinta e o mar passa inteiro para as suas telas’’.
Comentando uma de suas exposições realizada no Rio de Janeiro, Antônio Bento escreveu: ‘‘Paisagens campestres como nas cenas das praias natalenses e em composições diversas, Dorian Gray Caldas tenta fixar a atmosfera e o caráter de sua terra, através de formas e cores de incontestável sabor telúrico ou nativo. É por isso mesmo um pintor representativo da cultura plástica do Nordeste brasileiro’’.

por Alma do Beco | 3:47 PM


Hugo Macedo©

Beco da Lama, o maior do mundo, tão grande que parece mais uma rua... Tal qual muçulmano que visite Meca uma vez na vida, todo natalense deve ir ao Beco libertário, Beco pai das ruas do mundo todo.

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A imagem de fundo é do artista plástico e poeta Eduardo Alexandre©

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