quinta-feira, abril 07, 2005

CLARIM



Pela janela aberta para o mundo,
onde a vida dos povos tulmutua,
arremessei o escopro florentino
com que talhava o molde dos sonetos.

Que valem decassílabos à lua,
quando tudo, aqui mesmo, anseia e sofre,
e o destino das cousas mais sagradas
quem mais armas possui, guarda no cofre?

Bardo! Pendura a cítara dolente
em que choraste apenas o teu drama!
Vão teus filhos bem cedo à barricada!

Antes porém que os tome a vaga ardente,
cai, cantando, no círculo de chamas,
entre rimas, blasfêmias e granadas !



OTONIEL MENEZES

(in “A Canção da Montanha” , 2ª.ed.
Editora Universitária, Natal, 1980)

por Alma do Beco | 8:04 AM


Hugo Macedo©

Beco da Lama, o maior do mundo, tão grande que parece mais uma rua... Tal qual muçulmano que visite Meca uma vez na vida, todo natalense deve ir ao Beco libertário, Beco pai das ruas do mundo todo.

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Praieira
(Serenata do Pescador)


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A imagem de fundo é do artista plástico e poeta Eduardo Alexandre©

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mariza lourenço

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