O quebra-mar localizado em frente à praça da Jangada, Areia Preta, amanheceu tomado de bandeirolas pretas em protesto ao grande volume de esgotos clandestinos que despejam dejetos na praia.
A comunidade de pescadores que tem jangadas e paquetes de pesca ali ancorados vibrou com a iniciativa.
Em marés cheias é fácil perceber-se inclusive a mudança de coloração do mar no local, como o grande volume de lixo que chega à praia, proveniente dos esgotos clandestinos de edifícios, residências e estabelecimentos comerciais de Areia Preta e seu entorno, incluindo o bairro de Mãe Luíza.
A instalação faz parte da atividade de poetas natalenses em comemoração ao Dia Nacional da Poesia, 14 de Março, a ser celebrado na próxima segunda-feira.
Segundo os organizadores do movimento, a comunidade que trabalha com cultura vê no turismo uma das possibilidades de seu crescimento, com a implantação de uma política de turismo/cultural, e acreditam não ser recomendável que a cidade despreze suas praias como está acontecendo.
Desde a Praia do Meio até Ponta Negra, contam-se às dezenas os esgotos clandestinos que diariamente depositam água servida nas nossas praias, poluindo-as com fezes, urina e detergentes.
O problema é de tal gravidade que vários pontos situados entre as duas praias estão sendo considerados não recomendáveis para o banho de mar.
Segundo a pediatra Meire Gomes, cresce assustadoramente em Natal o número de crianças acometidas por problemas respiratórios e de pele e ela acredita que em boa parte as causas são provenientes das consições nada recomendáveis das águas de nossas praias.
Sob o título Esgoto Sanitário, a instalação foi executada pelos artistas plásticos Valderedo Nunes, Jackson Garrido e Eduardo Alexandre.
Contatos:
Eduardo Alexandre 9414-9394