terça-feira, março 01, 2005

lula e o neoliberalismo

RN Econômico

Eduardo Alexandre de Amorim Garcia*

A grande maioria dos que tomaram a Esplanada dos Ministérios naquele 1º de janeiro, quando Lula tomou posse da presidência da República, com certeza era de militantes sindicais, sem teto, sem terra, egressos dos movimentos sociais e militantes de PT, PCdoB. Sem dúvida, foi uma bela festa de civilização e civismo.
Agora, quase um mês após a posse, é bom lembrar: aquela imensa maioria ali presente era gente que pregou a reação ao neoliberalismo e todos os males sociais que advêm de sua prática. Uma gente que organizou manifestações, levou borrachada da polícia, empenhou corpo e espírito numa luta que levou anos.
Todos sabemos que, no governo, Lula não vai fazer revolução nem implantar o socialismo no Brasil. Mas, nós, que votamos nele, que fizemos as lutas da então oposição brasileira, não podemos deixar de cobrar do presidente e de seu partido uma linha de ação que combata as injustiças sociais e a fome que o presidente diz querer ver eliminada.
Para eliminar a fome, não bastam o prato de comida, a cesta básica, o tíquete alimentação. Isso, os partidos que elegeram o novo governo já haviam diagnosticado. Para eliminar a fome, é preciso eliminar as causas que provocam a miséria, a sangria econômica, o fosso entre os miseráveis e os que têm em excesso.
A esperança do povo brasileiro venceu não o medo de Regina, mas toda uma política velha em prática no Brasil e no mundo. As causas da pobreza, o PT conhece bem, e sabe que a principal delas é a dependência a uma dívida não contraída pelos que sofrem.
Em Davos, Lula deve dizer ao mundo que o Brasil clama por uma nova ordem. Que o mundo não pode ficar esperando por desastres maiores, como o da Argentina, se políticas de ordem econômica não forem alteradas. Foi para deixar esse recado que a grande maioria dos ali presentes, na posse, deixaram evidente para outros povos: a partir daquele momento, o mundo teria um novo líder a clamar contra as injustiças do mundo e fazer-se ao lado dos menos favorecidos.
Que Lula não nos decepcione e jogue contra os poderosos com toda a força que o povo lhe conferiu.
Aquelas cenas, decerto, não ficaram só na retina e alma dos brasileiros, mas extrapolaram fronteiras, enchendo de orgulho e esperança a todos os que, um dia, sonharam, em qualquer país, ser possível um mundo melhor, sem vassalos e senhores, como impõe a ordem atual.
Que o nosso Lula comece a mostrar a que veio.
*Jornalista
Natal/RN
23 de Janeiro de 2003

por Alma do Beco | 1:58 AM


Hugo Macedo©

Beco da Lama, o maior do mundo, tão grande que parece mais uma rua... Tal qual muçulmano que visite Meca uma vez na vida, todo natalense deve ir ao Beco libertário, Beco pai das ruas do mundo todo.

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