Raquel Alves de Sousa
Domingo, ao passar pelo Grande Ponto, me veio à memória o ano de 1965. Oh! Que maravilha! Estava com meus treze anos, saindo junto a minha mãe para irmos ao Cinema Rex. Após o cinema, íamos até o Ky Show, onde víamos paqueras e amigos.
Existia o Foto Jaecy; a Confeitaria Cisne, onde comprávamos guloseimas e reinava o garçom Américo; a Cantina do Maiorana – Casa Vesúvio; a 4.400, depois Lobrás; o Edifício Amaro Mesquita, com seus consultórios médicos, dentários e escritórios... Quem não se lembra do gastroenterologista Gilberto Wanderley, irmão do nosso querido e saudoso jornalista, crítico e apaixonado por cinema, Berilo Wanderley?
Ocilene Guedes, dentista e professor da UFRN, seu consultório se situava no Edifício Amaro Mesquita; a Farmácia Confiança; Farmácia Santo Antônio; Casa Rio; a Galeria Olímpio; a Casa Lux ou Natal-Lux, entre outras. Como lembro!
Nesses Fatos de minha memória não poderia jamais deixar de citar o Granada Bar, de Nemésio, onde gente da sociedade natalense e políticos se reuniam e saboreavam as delícias da Espanha.
O Granada Bar era próximo ao Grande Ponto. Cito algumas pessoas que o freqüentavam: Berilo e Rômulo Wanderley, Lauro Arruda, Lauro Alves de Sousa, Veríssimo de Melo, Leide Morais, Gilberto Wanderley, Jota Epifânio, Newton Navarro, Dinarte Mariz, Jair Navarro, Jurandir Navarro, Iaperi Araújo, Geraldo Melo, Aluízio Alves, Agnelo, Luís de Barros, Fernando Paiva, Moacir Maia, Grilo, Carlos Lyra, Paulo Macedo, todos iam ao Granada e depois ao Grande Ponto, para saborear um cafezinho no Café São Luís, ou para um papo legal.
Com o progresso, Nemésio mudou-se, mas o Café São Luiz ainda está bem ali, perto do Grande Ponto, onde podemos ver pessoas conhecidas, como Osório Almeida.
Pena que os anos se passaram e o ano de 1965 ficou para trás em minha memória. Hoje, o Grande Ponto cresceu e o Cinema Rex é só memória.
Mas, apesar do progresso, sempre terei o Grande Ponto com aquela cara, a cara de uma Natal acolhedora e hospitaleira.