sexta-feira, fevereiro 11, 2005

Cada verso que escrevo é sem razão

Image Hosted by ImageShack.usNalva Melo



Se a esquiva é o desvão do fingimento,
o silêncio sugere o sim e o não.
Se a lembrança prepara o esquecimento,
cada verso que escrevo é sem razão.
Muito mal representa este momento;
o passado e o futuro, pouco então.
A distância do verbo ao pensamento
é-me acima a do claro à escuridão.
Já não sei o porquê do movimento
que se dá entre a pauta e a minha mão.
Se há gozo, confundo com o tormento
—duas faces da mesma sensação—.
Um poema não diz meu sentimento,
cada verso que escrevo é sem razão.

Antoniel Campos

por Alma do Beco | 1:09 PM


Hugo Macedo©

Beco da Lama, o maior do mundo, tão grande que parece mais uma rua... Tal qual muçulmano que visite Meca uma vez na vida, todo natalense deve ir ao Beco libertário, Beco pai das ruas do mundo todo.

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Praieira
(Serenata do Pescador)


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A imagem de fundo é do artista plástico e poeta Eduardo Alexandre©

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