SE AMANHECESSE,
E EU FOSSE PÁSSARO
E, ALEGREMENTE, CANTASSE
COM AS CORDAS VOCAIS
AFINADAS EM DIAPASÃO
COM O VENTO ENSOLARADO
DO MAR
ENTÃO, EMBALADA
POR CANÇÕES PROFANAS DE NINAR
TU DORMIRIAS, SEREIA
A SE BALANÇAR
ENROSCADA NA REDE
DA TEIA DE ARANHA DA SEDUÇÃO
COM SEUS OUVIDOS
DE CONCHAS DE MADREPÉROLA
OUVINDO
O LAMENTO PROFUNDO
DO ETERNO ACALANTO
DA SONATA MISTERIOSA
DE NETUNO.