quinta-feira, fevereiro 17, 2005

BANANA

BANANA

Morfeu, de Eduardo Alexandre

a Luiz Rabelo

Vou-me para Tegucigalpa
Ou melhor para a Jamaica
Num pau-de-arara analfabeto.
Vou até lá que avião e trem andam repletos caindo.
Onde deve haver mulheres-flores frutas
É Tegucigalpa
Não tem perigo de ser samba ou rumba
Lá não tem rádio nem livro nem jornal
Nem bacharel nem médico nem imortal
Nem muita honra em conhecê-lo
Lá tem é banana e macumba e da boa e sem gelo.
Tegucigalpa nem sei bem onde é.
Mas só o nome quente e gostoso melhor que café
E de nomes é que se vive.
Dormir lá debaixo de que árvores sem Rousseau
Com um terçado bem afiado à vista dos canaviais.
Tegucigalpa sem literatura
Sem contradanças nas almas das criaturas.
Vou me mudar para Tegucigalpa
Que só no México tem o complexo da rima.
Mando virar o caminhão pau-de-arara de letras para cima
Não volto mais nunca mais.
Porém muito melhor é que me vá para Jamaica
Tanto faz.

Othoniel Meneses

por Alma do Beco | 5:32 PM


Hugo Macedo©

Beco da Lama, o maior do mundo, tão grande que parece mais uma rua... Tal qual muçulmano que visite Meca uma vez na vida, todo natalense deve ir ao Beco libertário, Beco pai das ruas do mundo todo.

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Praieira
(Serenata do Pescador)


veja a letra aqui

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A imagem de fundo é do artista plástico e poeta Eduardo Alexandre©

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mariza lourenço

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