Me faço - e o instante pede - à tua frente.
Somente a te prender, meu pernabraço.
Deslaço a renda fina, transparente.
Morrente, do que visto, me desfaço.
E passo a te tocar, suavemente,
mormente quando as costas te abraço.
Devasso cada alça e, anuente,
nem sentes que nas alças me amordaço.
Me embaça a visão sentir teus peitos.
Perfeitos, já me bastam à meia-taça,
na traça e na textura percebidos.
Colhidos no meu rosto e à língua afeitos,
sujeitos, tão-somente, à minha graça,
na taça somos nós lactecidos.
Antoniel Campos