sábado, janeiro 29, 2005

Batman & Robin

BATMAN & ROBIN (fragmento)
Eduardo Alexandre / Carlos Gurgel

UM POEMA CONCRETO DA ABSTRAÇÃO VIVENCIAL

O entretenimento entretem> a moçada> que nada tem> (de grana)> na calçada do bar>> Depois vem o sonho> sono do real feitio> diversão> Dormir no além> ao relento dos medos> dos ventos e dos tempos> tempo presente> indicativo do real> feito espanto> feitiço marshmellow> e no final> a paixão de estar incontida> (e bem no fundo escondida)>>>> A dádiva de ser> (sendo)> O que não se é> No horizonte do acaso> das incessantes ilusões> da briga do bem e do mal> das estórias do Batman e do Robin> dos magazines das gavetas> infestadas da naftalina troipical>> Amanheceu chuvoso> Em cima da minha cabeça> nas montanhas de Gothan City> nas calçadas encharcadas de vômitos> E cômicos de Gothan City>> Corri apressaqdo pro correio> coloquei correspondência sideral:> o fanatismo dos saltos da dupla infernal> por cima dos espigões> inquieta a mim> e a todos pelo sonho transposto para o real>> SALVAI-NOS CIBERNÉTICA SEM PRUMO E SEM DEDAL !!!>> Pedal da transamérica ocidental> russa e meridional> visigoda bárbara pasta dental> alcalina e coloidal> ameda do subdesenvolvimento animal>> Sonhei na astúcia de Babel> Desde pequeno> no quintal lá de casa> havia mangueiras coloridas> e hoje me transporto> para os arranha-céus de Gothan City>> Nas mangueiras ficava a tarde inteira> Às vezes mangas verdes> Às vezes mangas maduras>> Os uniformes dos dois são muito resistentes> (como os tempos d'agora)> e d'além-mar onde Cabral> enfeitava o cantagiante carnaval> das mulatas fagueiras e danceiras> das noites despudoradas do Bangu !>> VIVA A GOTHAN CITY TROPICAL !> Dos heróis e anti-heróis da noite saxã> hegeliana e fenomenal> romanceira e tradicional> como o escovar dentes e o banho matinal>> Do olho da minha janela> vislumbro os extemporâneos Batman & Robin> contemporâneos das favelas> e dos ghetos das nossas cidades> despudoradas>> Alcanço no meio do visual> a necessidade primitiva dos dois:> dobrar as mangas> e ir ao infinito desejo> do apoio e do congraçamento>> Me identifico muito com suas proezas metafísicas> elas representam a última tentativa da Tribo Aquário> pelo inverso do sonho> sonhado na determinaão do crepúsculo> amiudado na vontade da noite bizantina> do dinheiro ou a vida !>> Isso é um assalto> Assalto insólito> dos supermercados e butiques> da bomba de gasolina> que não abastece o Bat-car>> A determinaão juvenil emanada pelas fortes forças> saídas dos motores Bat-morcegos> não mais o grito> primal dos Aiô !> Dos Krig ! Há! Bandolo !> Mas os canos de escape> cerrando os ares e desencadeando> a jornada dos apelos oriundos> das gargantas do povo oprimido>> PEGA 1> Pega que o homem é herói> Herói das multinacionais e patrões> da riqueza comandadora da inflaão> do superavit nos balanços> da Cia. de eletricidade estatal>>>> Aiô ! Krig ! Há ! Bandolo !> Dói na barriga do povo> a subnutrião> E a falta de leito nos hospitais> que a Mulher-Morcego não visita em fim-de-ano

por Alma do Beco | 1:56 PM


Hugo Macedo©

Beco da Lama, o maior do mundo, tão grande que parece mais uma rua... Tal qual muçulmano que visite Meca uma vez na vida, todo natalense deve ir ao Beco libertário, Beco pai das ruas do mundo todo.

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A imagem de fundo é do artista plástico e poeta Eduardo Alexandre©

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