"As nossas leis deveriam punir criminosos que usam as armas para cometer crimes, não fabricantes de produtos que estão dentro da lei."
George Bush, hoje, depois que o Congresso americano aprovou lei que protege fabricantes e lojas que vendem armamentos de processos na Justiça movidos por vítimas de crimes com armas de fogo.
Amanhã, Sábado, 22 de outubro, a partir das 14 horas, Pratodomundo
Concentração: Rua Vaz Gondim, entre as ruas João Pessoa e Heitor Carrilho, Centro.
Geraldinho Carvalho
Boi de Manoel Marinheiro
Pedro Mendes
Karl Leite
Isaura Rosado, ontem, no Bar de Nazaré
Beco Alumiado
Nunca vi um beco assim
Em toda a minha vida
Era gente de todo jeito
Numa tarde colorida
Dando abraços e beijos
Até, em Mané Bomfim
Foi grande minha alegria
Naquela tarde festeira
Onde a paz e o amor
O respeito e a brincadeira
Reinaram com louvor
Inté ao ir-se o dia
Homis alegres, muiés bonitas
Com os sorrisos nos lábios
Machos feios e fêmeas lindas
Pra afastar qualquer presságios
Cum gargalhadas infindas
De Marias, Norma e Lenitas
Quero deixar registrado
Minha pequena tristeza
Foi a ausencia sentida
De Meméia(a fortaleza)
A Bruxinha pretendida
Não estava ao meu lado
Cum certeza lá de cima
Ela me olhava feliz
Cum pensamentos arretado
Aqueles que sempre quis
Cum coração apertado
Vou fazendo minha rima
A turma do Beco é
Um povo descontraído
Bebe cerveja e cachaça
E faz um grande alarido
Passa o tempo achando graça
Viva os homi e as muié
Foi bonita a festança
Tudo munto divertido
Show da nossa Crystal
E também do Brega Cabrito
Pratas da casa, Natal
Coisa de munta abundança
Tinham até uns gaiatos
Que tudo fotografava
Na "batedeira de chapa"
Que da mão não largava
Eram click' e "chulapas"
Foram mais de mil retratos
Esse Beco é alumiado
Mais que luz de lamparina
Mais que luz de candeeiro
Mais que zóios de minina
Mais que munto fogareiro
É um Beco abençoado
Manoel Bomfim
Beco Alumiado
Derna de mil novecentos,
e vôtes, querido irmão;
o nosso Beco da Lama,
tem luz própria de muntão.
Qui o Beco é alumiado,
e por Deus abençoado,
Mané, tais chêi de razão.
Luz qui Vicente înfermêro,
qui Maínha, qui Diomá,
Calado, Jota Epifânio,
Jonas da Casa Iemanjá;
Veca, Bosco, Baltamir,
juntamente cum Nazí,
nuis manda prú lado de cá.
É a luz dais presepada,
duis momento de emoção,
duis irmão qui já se fôro,
qui pisaro o nosso chão.
Qui do peito, a cada dia,
derramaro de alegria,
lágrimas do coração.
É a luz da inspiração,
duis muntos verso de amô,
duis namoro improibido,
qui arguém puralí dexô.
Da praca de Pixinguinha,
qui à boemía intêrinha,
de Natá emocionô.
Luz dais faísca duis bêjo,
nais isquina in rua istreita.
Qui ais fofoquêra vigiava,
iscundida, só na ispreita.
Quando a mundiça fragava,
na merma hora gritava,
ajunta ô arrocha ô êita.
Luiz duis copo de Nazí,
qui muntas vêiz, meu irmão,
sirviro de tistimunha,
prá mim, bêbo de muntão;
iscrevê apaixonado,
uis meus verso, inquilibrado,
naquele véio balcão.
Querido Mané Bonfim,
eu acho qui é essa a luz,
qui alumía o nosso Beco,
e qui à cuncrusão me induiz.
Eu juro in minha poesia,
qui tem o avá de Maria,
e ais benção de Jesus...
Bob Motta